Ciclone Montha provoca forte nevasca no Nepal e causa queda de helicóptero

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O ciclone tropical Montha, que provocou a evacuação de milhares de pessoas na Índia, também impactou o vizinho Nepal, atingindo a região com uma forte nevasca que cobriu de branco as montanhas do Himalaia. A instabilidade climática coincidiu com a temporada de outono, período de intensa movimentação de expedições de trekkers rumo ao Acampamento Base do Everest, e forçou a suspensão temporária das atividades na região.

A aeronave tentava pousar em Lobuche quando ocorreu o acidente. Foto: Maria Tereza Ulbrich.

Os grupos que estavam a caminho da base precisaram interromper o trekking e retornar às vilas de Lobuche e Gorak Shep, as últimas localidades antes do acampamento. Durante a tempestade, um helicóptero caiu devido ao mau tempo, mas felizmente não houve vítimas.

Um grupo de brasileiros que realizava o trekking ao Acampamento Base com a Soul Outdoor testemunhou o acidente. Eles relataram ter estranhado a presença da aeronave voando em meio ao tempo fechado e à intensa nevasca. Pouco depois, ouviram um estrondo e avistaram o helicóptero no solo. A aeronave realizava uma missão de resgate em Lobuche e, no momento da queda, apenas o piloto estava a bordo.

Segundo testemunhas, ao se aproximar do pouso, o vento das hélices levantou grande quantidade de neve, reduzindo completamente a visibilidade do piloto e provocando o impacto com o solo. Logo após o incidente, outro helicóptero conseguiu pousar com segurança e concluir o resgate das pessoas que necessitavam de assistência.

No início do mês, uma tempestade semelhante já havia deixado turistas presos na base do Everest pelo lado chinês da montanha. Naquela ocasião, moradores e equipes de resgate auxiliaram os visitantes no retorno. Desta vez, no lado nepalês, os grupos conseguiram voltar por conta própria às vilas mais baixas e passam bem.

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Sobre o autor

Maruza Silvério é jornalista formada na PUCPR de Curitiba. Apaixonada pela natureza, principalmente pela fauna e pelas montanhas. Montanhista e escaladora desde 2013, fez do morro do Anhangava seu principal local de constantes treinos e contato intenso com a natureza. Acumula experiências como o curso básico de escalada e curso de auto resgate e técnicas verticais, além de estar em constante aperfeiçoamento. Gosta principalmente de escaladas tradicionais e grandes paredes. Mantém o montanhismo e a escalada como processo terapêutico para a vida e sonha em continuar escalando pelo Brasil e mundo a fora até ficar velhinha.

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