Rell Lennox se torna a mulher mais jovem do mundo a escalar a via The Nose em Yosemite em solitário

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A jovem escaladora Rell Lennox completou a escalada da famosa via The Nose, no El Capitan, em Yosemite (EUA). Com apenas 20 anos de idade, essa foi sua primeira ascensão em solitário, e a tornou a mulher mais jovem do mundo a escalar essa emblemática rota sozinha.

A via The Nose. Foto: Roy Luck / Wikimédia Commons

Lennox já conhecia bem a parede e havia escalado a The Nose em apenas um dia durante a primavera passada. No entanto, ela destacou que a experiência em solitário, ou seja, quando o escalador realiza toda a ascensão sozinho, sem parceiro de cordada e fazendo sua própria segurança,  trouxe desafios completamente diferentes.
“Mas, apesar da minha familiaridade com a escalada, eu subestimei muitos aspectos de escalar essa rota em solitário. Não apenas a ideia de ter que fazer cada lance duas vezes e ser minha primeira escalada em solitário, mas também o desafio mental de estar sozinha em uma parede. Ser a única a verificar os sistemas e garantir minha segurança foi, de longe, o maior desafio dessa experiência”, relatou em seu Instagram.

A escaladora em frente ao seu desafio. Foto: @rell.lennox

Além de celebrar o seu feito, a jovem também demonstrou admiração por outras pessoas que se aventuram em ascensões solitárias. “A minha maior lição é o orgulho que sinto de todas as mulheres/pessoas não-binárias que escalam sozinhas, especialmente aquelas que fizeram ascensões solitário no El Capitan. Observar meus amigos escalando paredes em solitário ao longo do último ano sempre me inspirou, mas depois de experimentar esse estilo de escalada, admiro ainda mais todos os meus amigos que embarcam nessas aventuras. É muuuito difícil e dá tanto trabalho, e eles são todos tão fortes e talentosos”, afirmou.

Gerenciando os equipamentos. Foto: @rell.lennox

Rell na parede do El Capitan. Foto: @rell.lennox

A via The Nose é considerada um clássico do Vale de Yosemite, com 880 metros de altura divididos em 31 enfiadas. Desde sua primeira ascensão, em 1958, ela permanece como uma das rotas mais desafiadoras e simbólicas do mundo da escalada.

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Sobre o autor

Maruza Silvério é jornalista formada na PUCPR de Curitiba. Apaixonada pela natureza, principalmente pela fauna e pelas montanhas. Montanhista e escaladora desde 2013, fez do morro do Anhangava seu principal local de constantes treinos e contato intenso com a natureza. Acumula experiências como o curso básico de escalada e curso de auto resgate e técnicas verticais, além de estar em constante aperfeiçoamento. Gosta principalmente de escaladas tradicionais e grandes paredes. Mantém o montanhismo e a escalada como processo terapêutico para a vida e sonha em continuar escalando pelo Brasil e mundo a fora até ficar velhinha.

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