Mas a missão do menino no pico argentino não foi realizada sozinha. Com seu pai, de 30 anos de idade, e guias locais da cidade de Mendoza, no oeste do país vizinho ao Brasil, Tyler chegou ao cume por volta das 15h30, no horário do país, em segurança e agora realiza a descida do monte nevado, segundo informações do jornal ‘Clarín’.
Os Armstrong utilizaram a rota central pelo Glacial dos Polacos, um caminho menos explorado que a Parede Norte e menos perigoso que a temida Parede Sul da montanha, que todo ano atrai alpinistas do mundo inteiro.
O feito inédito, que valeu o recorde mundial de pessoa mais jovem a subir o Aconcágua, pôde ser seguido pelo site topwithtyler.com e pela página do Facebook da surpreendente expedição.
Para conseguir a façanha, o pai do menino precisou de uma liberação da província de Mendoza, alegando que seu filho já tinha experimentado situações semelhantes, quando escalou o africano Kilimanjaro, com 5895 metros de altura, e o Monte Whitney, com 4421 metros, uma das mais altas dos Estados Unidos.
De acordo com Daniel Gómez, gerente de atividades recreativas e esportivas do pico, antes de Tyler, outro californiano, um menino de 11 anos de idade, havia escalado a montanha que é apelidada de “Teto da América” e fica a 12 km de distância da fronteira entre a Argentina e o Chile.
Crianças no mundo do montanhismo e da escalada
Mesmo no Brasil não é difícil encontrar crianças escalando e caminhando com os pais. A agrônoma Ana Lígia Fujiwara Rodrigues é uma das mamães da nova geração que consideram que "proporcionar uma aventura" ao filho de oito anos em montanhas não tem nada de anormal. Longe dos riscos de um kart ou até mesmo de um bungee jump, o pequeno Gabriel Fujiwara Rodrigues pratica desde o início do ano a escalada esportiva, sob os cuidados da mãe e do pai, Rafael Rodrigues, de 32 anos.
Praticantes há 10 anos, o casal Rodrigues inseriu o filho na prática esportiva desde que ele nasceu, levando-o em todas as trilhas e "aventuras" e, aos poucos, trabalhando para acabar com o medo de altura que o menino sentia. Desde o início de 2013, Gabriel passou a fazer parte da "equipe Rodrigues" e a participar ativamente das escaladas, nos locais de maior segurança.
"Ele sentia um pouco de medo e por um tempo não quis participar, mas nós deixamos que naturalmente ele se aproximasse. No carnaval deste ano fomos para Lapa do Seu Antão (MG) e lá há um projeto de escalada com crianças. Ele viu e ficou com vontade de tentar", contou Ana.
As idas quase semanais a Itaqueri da Serra, distrito de Itirapina (SP) frequentado por adeptos do esporte na região de Piracicaba (SP), e outros locais de escaladas não servem apenas para a prática do esporte. Os passeios são oportunidades para que o garoto tenha contato com a natureza e os animais.
Saiba mais sobre o Aconcágua no site Rumos Navegação em Montanhas