O "Sombra" andou quieto por muito tempo deixando as coisas correrem soltas, mas agora acabou a moleza. Mandou seu recado; conquista é na ponta da corda, de baixo pra cima. É um estrategista e não um lutador, a luta é feita para os soldados. Sente-se a vontade nos bastidores tramando e executando suas manobras sem jamais esquecer a cortesia. É um inspirador, seus auxiliares sente-se inspirados a fazer suas vontades antes mesmos de expressa-las, mas seu método ainda deixa as digitais por onde passa. É praticamente uma assinatura.
Rapidamente vem restaurando a ordem na casa, recuperou sua poltrona e o controle remoto da tv, já iniciou a reposição dos degraus. Quem não se submete que caia fora, a porta da rua é serventia da casa. Certo HB? Deixe com os profissionais.
O Marumbi sussurrou aos ouvidos do Pico Paraná; "Eu sou você amanhã, não resista, venha para a ABETA você também". Pense só nas vantagens; trilha calçada, segurança total nas escadas, placas direcionais e avisos de "não pise na grama". Respondeu o Pico Paraná; "Só se for com estabilidade no emprego".
E juntos botaram a batata do Dílson pra assar.
O PP está cercado pelas fazendas do deputado Kielsen, do Ermínio da fundição, do João de Abreu da Brasilsat, de quem comprou a Fazenda do Bruno e a do Dílson. Apenas o último cobra ingresso enquanto os outros simplesmente atiçam os cachorros sobre os passantes. Isto me faz lembrar o que escrevi sobre as vias da Lapinha em MG.
https://altamontanha.com/colunas.asp?NewsID=2298
Com certeza não encontrarei o Dílson no paraíso, mas sei que se é ruim com ele, muito pior depois. Além de que isto não passa de plataforma política para alcançar a FEPAM. É uma espécie de lançamento do programa de governo.
A vantagem desta gente é que tem muito tempo disponível para esperar e pouco, quase nada, para fazer. Todas as outras pessoas, cedo ou tarde, tem que assumir suas responsabilidades pessoais com a vida. Casamento, filhos, pagar colégio, aluguel, vender extintores, bater ponto no Banco, etc. Tudo isto toma tempo e consome energia além daquele desejo crescente de mandar todos os babacas para a PQP e voltar a fazer montanhismo de verdade.
Fato; montanhismo oficial nunca existiu. FEPAM, CBME e seus representados não tem nada haver com esta coisa. Montanhista brasileiro é bicho do mato, rebelde, irreverente e independente. Federado é só associado, tem carteirinha com foto, paga mensalidade, cumpre regrinhas, participa de listas de e-mail, freqüenta todas as festinhas e não falta aos passeios ciclísticos. Pra quem não se vê vestindo um modelito de chefe escoteiro é ainda uma opção de praticar sua boa ação do semestre, no mutirão.
Nunca fomos do tipo sociável e preferimos os grupos menores, 3 ou 4 pessoas, se locomovendo em silencio. Amamos a natureza e a adrenalina, suar de dia e congelar a noite, andar na chuva e no frio, dormir no chão. Quanto pior melhor. Nada denuncia nossa presença e não deixamos rastros, exceto na internet.
Cuidado, afaste-se! Montanhismo vicia logo no primeiro uso.