Domingo, 18 de novembro de 2012. Dois meses exatos após aquela nada saudosa epopéia q hj embala animadas conversas de boteco, lá estou novamente de volta aqueles cafundós de Embu-Guaçu. Mas as condições agora são bem diferentes: tempo de sobra pra sanar td e qq imprevisto, cortesia generosa dum feriado prolongado; previsão meteorológica mais q favorável prometendo sol e céu azul tds os dias; e devidamente equipados, munidos de td material necessário prum pernoite confortável. Mas o melhor é q não estava só, pois felizmente houve quem topasse me acompanhar neste “revival nostálgico-natureba”. E assim a Dé e a Lau completaram o trio guerreiro da vez. Como assim, guerreiro? Pelo simples fato de outros fatores q envolvem o complicado acesso á Cachu do Funil, e fazem dela lugar q seleciona naturalmente seus privilegiados e raros visitantes: terreno irregular, desnível final de quase 300m e nuvens de mosquitos ávidos por sangue fresco eram alguns destes itens nada desprezíveis. Isso sem falar no confuso labirinto de picadas da região, q iria demandar não apenas boa memória deste q vos escreve como tb farejo e senso de direção em meio a mata fechada. Pois bem, este aqui é o registro dessa jornada.
Após um rápido desjejum numa padoca em Embu-Guaçu, tocamos imediatamente pelo asfalto da Rod. José Simoes Louro Jr (SP-214) sentido Sta Rita. O visu recorrente do mais puro verde ao nosso redor já era constante assim q havíamos deixado a Régis Bittencourt (BR-116) sentido Embu-Guaçu e se manteria nesse ritmo ate o final da trip. O tempo, por sua vez, desenhava-se numa nebulosidade clara envolta por um mormaço quente, confirmando as suspeitas da meteorologia praquele feriado prolongado.
As 9:15hrs abandonamos o asfalto em favor do Bairro Penteados e tocar fundo pela empoeirada e sacolejante Estrada do Casimiro, sempre sentido sudeste. A idéia de vir até aqui de carro foi a mais acertada possivel, devo reconhecer, pois nos poupou de quase 8kms enfadonhos de chão interminável e otimizou o tempo útil na pernada propriamente dita. Pois bem, ao dar numa bifurcação em “T” tocamos pra direita, acompanhados pelo manso Córrego da Cachoeira, q logo revela sua pequena e farofada queda no caminho (a cachu “da Macumba”), onde algumas pessoas vestidas de branco aparentam estar numa espécie de batismo. Geograficamente, a partir daqui deixávamos o município de Embu-Guaçu pra adentrar no de Juquitiba.
O carro ainda consegue avançar mais um pouco. Mas após passar do lado de uma chácara (aparentemente abandonada) onde estridentes cães fazem questão de nos anunciar, a precária estrada nos obriga a estacionar em definitivo no fofo gramado q circunda um casebre abandonado. Pronto. Mais do q isso seria exigir demais do sofrido veiculo da Dé e, vendo q não havia problemas em deixá-lo ali, foi naquele mesmo lugar q ajeitamos as cargueiras e fizemos nos equipos os últimos ajustes necessários á trip.
Damos então inicio oficial a pernada as 10hrs daquela manhã nublada e quente, avançando ainda mais pela estrada q, por sinal, torna-se cada vez mais precária e intransitável, cunhando de vez nossa decisão em ter deixado o veiculo lá atrás. O último vestígio de civilidade sob a forma do sitio Okinawa é logo deixado pra trás, enqto a verdejante toma conta dos morros contornados a medida q se avança naquele sobe-e-desce constante. Finalmente, abandonamos a estrada numa curva fechada pra esquerda em prol duma vereda q segue reto, tangenciando a via principal. Agora sim, palmilhando uma trilha passamos por alguns reflorestamentos de eucaliptos, outro casebre decrépito, saltamos alguns pequenos córregos ate dar as margens de um bucólico laguinho ao sopé da morraria sgte.
Daqui em diante já é preciso prestar atenção pois as bifurcações tendem a ser mais freqüentes. Assim tocamos pela vereda q bordeja o laguinho pela direita, mergulhando de vez na mata fechada sentido sudoeste, visivelmente acompanhando um pequeno curso dágua q não tarda em ser cruzado, não apenas uma mas varias vezes. A esperança de manter os pés secos logo se dissipa com a sucessão de travessias do mesmo córrego, costurado á exaustão enqto se avança pela trilha q o bordeja ora numa margem, ora noutra.
O córrego é finalmente abandonado e assim a picada se embrenha cada vez mais nas entranhas daquele lugar tão ermo qto selvagem, sem variação de direção. Ao dar numa bifurcação em “T” tocamos pelo ramo da direita, uma vez q este vai no sentido desejado (agora oeste), e dessa forma nossa rota aparenta ascender de forma imperceptível, quase q em linha reta, acompanhando um pequeno vale a distancia. Mas a declividade aperta mesmo após a ramificação sgte, as 11:10hrs, onde tocamos pra esquerda numa subida forte até nivelar num terreno abaulado q revela ser ora a cumieira ora a encosta dos morros florestados sgtes. Visivelmente perambulando por uma antiga estrada, denunciada não apenas pelo corte vertical na encosta mas sim pelos decrépitos fornos carvoeiros cavados no morro e agora tomados pelo mato, buscamos nos manter sempre na vereda principal, sentido oeste, ignorando td e qq saída q desça por ambas laterais.
A partir daqui surgem “marcações” na trilha sob a forma dum papel de bala (“Lovemania”, com recadinhos apaixonados!), q embora emporcalhem o ambiente servem como referência pois foi este mesmo lixo q nos tirou dali a vez anterior. Aliás, vale aqui um adendo importante a respeito da nossa navegação. Refazer uma trilha já feita “de memória”, artesanalmente e sem auxilio de GPS algum, é algo deveras q instiga a percepção e aguça os sentidos. É um desafio até. Pra mim o é, pelo menos. Na Mata Atlântica td parece igual e as referências são precárias. Td é mutável e aquilo q serviu de marco um dia pode não sê-lo mais amanhã. A ida e a volta numa vereda podem ser totalmente diferentes e qq detalhe q passe desapercebido pode te desviar completamente da rota original. Assim, munido apenas das vagas recordações, duma bússola e um surrado trecho da carta de Embu-Guaçu la estava eu levando as meninas pra almejada cachu. Se ia conseguir so Deus sabe. E pra garantir nossa volta em segurança, fomos deixando marcações com pedaços de sacolas plásticas (de supermercado mesmo) em tds as bifurcações tomadas, decisão esta q mostrou-se sábia e certeira diante das condições acima expostas.
Pois bem, após um tempo nas “alturas” a vereda passou a nos levar ao fundo dum pequeno vale, descendo forte. E as 11:50hrs desembocamos as margens dum pequeno riacho, onde nossa rota muda totalmente e se volta pro sul, acompanhando (pra esquerda) o supracitado córrego. A partir daqui a picada bordeja o curso dagua pela sua margem direita, passa por vestígios de um acampamento desativado e torna-se cada vez mais confusa a medida q se avança. Havia horas em q a mesma nos levava de volta ao riozinho, cujas encostas pedregosas aumentavam sob a firma dum mini-canion, onde era preciso se equilibrar nas pedras, andar pela água e buscar a continuidade da picada logo adiante.
Foi ai q percebi q havia algo errado pois não me recordava desse trecho da vez anterior. Deixei então as meninas tagarelando sobre sua iminente trip ao Monte Roraima e avancei um pouco pelo rio afim de verificar o terreno adiante e, claro, a evidencia da trilha. O erro foi de fato constatado não apenas pela bússola, q apontava estarmos seguindo pra direção errada (oeste), mas sim pelo próprio rio cujas águas iam no sentido contrário, sendo q devíamos acompanhar o curso das mesmas. “Meia-volta, volver! Trilha errada!”, falei pras meninas, matutando onde diabos havíamos perdido a picada certa. Claro q nesse retorno fomos removendo as marcações deixadas equivocadamente.
Retornamos então ao pto onde decerto não havia sombra de duvidas fazer parte do roteiro correto, ou seja, onde a picada mudava de oeste pro sul, na intersecção da picada com o riozinho. Paramos tb ali um pouco pra descansar e beliscar algo por volta das 13:30hrs, afinal estavamos andando a mais de 3hrs inipterruptamente. Alem do mais, quem sabe forrando o estomago me ajudasse a pensar melhor sobre o desvio inadvertido da rota. Dito e feito, as coisas ficaram claras feito cristal e vi q havíamos passado batido uma trilha q cruzava pro outro lado daquele mesmo córrego!
Reparado o equivoco voltamos a pernada, agora acompanhando o mesmo rio pela esquerda por evidente picada. Olhei pra bussola e de fato agora estavamos na direção certa, isto é, tocávamos pra sul/sudeste e seguíamos agora o curso das águas. Não demorou pra picada nos obrigar a caminhar pelas pedras afloradas do ribeirão, onde a cautela foi redobrada pela presença de limo visguento, pra depois tornar a ganhar a vereda na encosta sgte, após chapinhar um pouco pela agua. Felizmente estavamos agora sim na rota certa, pois estava reconhecendo algumas referencias, pricipalmente as travessias de rio. E isso já não era apenas bom sinal. Era o incentivo q precisávamos.
Logo depois a vereda abandona de vez o rio pra subir o morro sgte em meio a espesso bambuzal e alguma mata tombada de facil transposição, tocando pra sudeste. No alto do mesmo, a composição rochosa da montanha fica evidente pela presença maciça dum emaranhado de raizes brotando do solo, salpicada de brejos e muitas bromélias. E assim as 14:45hrs uma fresta na mata permite o primeiro contato visual com o Vale do Preguiça, onde vislumbramos o recorte silhuetado da verdejante serra em “V” se espichando ate o litoral.. Estamos no “Mirante do Vale”, sinal q estamos próximos do nosso destino.
Tocando agora pela encosta sentido sudoeste, aos poucos torna-se audível o rugido da tão almejada cachu, nalgum lugar a nossa esquerda. Mas a trilha ainda nos leva em meio a morraria, outra encosta e cruza um leito pedregoso duma nascente antes da descida final ao vale. As 15hrs tropeçamos numa clareira q não me traz boas lembranças, pois foi aqui não apenas onde fui forçado a pernoitar ao relento (e na chuva) com o Nando , mas foi aqui onde provavelmente contraí os malditos bernes q me infernizaram durante as semanas sgtes.
Daqui em diante veio o inevitável: a íngreme pirambeira final rumo fundo do vale sob a forma de mais de 200m quase verticais! Não bastasse a forte declividade pra martelar o joelho ainda havia a mata tombada na encosta e alguns deslizamentos no caminho pra desviar. Galhos, troncos e raizes faziam com q as mãos tivessem tanta importância qto os pés na desescalaminhada q parecia não ter fim, onde as cargueiras realmente fizeram a diferença tornando a perda de altitude não somente segura como vagarosa. Mas ate ali td era lucro, pois o mero som da cachu cada vez mais próximo já era motivo de seguir em frente. Qdo ela então surgiu por entre frestas na vegetação então, nem se fala.
Mas finalmente as 15:45hrs desembocamos as margens do lago azulado ao sopé da maravilhosa Cachu do Funil, uma majestuosa queda de mais de 70m, onde as águas do Rio dos Macacos despencam furiosamente por três patamares. O cansaço dos músculos e a dor lancitante nos joelhos, porém, não impede q o local mexa com os sentidos do corpo humano. O cheiro de carbureto exalado por alguma planta invade as narinas. O canto metálico da araponga ecoa fundo nos ouvidos. O borrifo úmido da queda fustiga refrescantemente os poros de td corpo. Mas é mesmo através do olhar q td a grandeza daquele lugar é assimilado pelo corpo. Pra descrever a cachoeira, so mesmo com adjetivos, as vezes impróprios. Aliás, foi com um sonoro palavrão q cheguei ate ali na primeira ocasião, e nesta vez aqui não foi diferente. As meninas, por sua vez, resignavam-se a apenas apreciar a queda, estupefatas e boquiabertas.
Após um demorado (e merecido) tempo de contemplação e descanso, chega a hora de montar acampamento. Contudo, o terreno q circunda a cachu revela-se completamente impróprio pra qq espécie de pernoite. Pelo menos com barraca. Ingreme e irregular, repleto de pedras e sem espaço hábil, o lugar comporta facilmente redes ou gente bivakada, mocada nalgum canto. Barraca? Nenhuma. E agora, José? Foi ai q tivemos q nos ajeitar como deu no meio da própria trilha, num cocoruto abaulado próximo do lago. Logicamente q não deu pra fixar bem a barraca e a mesma ficou td torta (com sobreteto cambaleando), mas era o q tínhamos disponível e torcíamos pra não chover durante a noite. Dei graças a Deus tb por não ter vindo mais gente pq sabe-se lá onde esse povo iria dormir, pois o espaço deu perfeitamente pra nós.
Mal acomodados, mas deu. No mínimo, o excedente teria de subir outra vez os 200m q nos separavam daquela clareira onde dormira ao relento. Vale salientar q embora houvesse sinais de fogueira no local, a presença de lixo encontrada era quase inexistente, ou se havia resumiu-se a uma embalagem envelhecida de Trakinas e um minúsculo papel de bala. Nada mais.
Buscando aproveitar o máximo de luz natural disponível arrumamos um lugar entre as pedras q servisse de cozinha e pusemos o fogareiro pra ronronar por volta das 17:30hrs. E não tarda prum delicioso macarrão com champignon besuntado de caldo de feijão brotar milagrosamente daquelas pequenas panelas de alumínio. Mas foi durante a bebericada do capuccino pra rebater a janta q descobrimos visitantes indesejados na comilança. No corpo, carrapatos se aninhavam prum pernoite confortável nas dobras úmidas e aquecidas do corpo, enqto nuvens de borrachudos e pernilongos endoideciam atrás de sangue fresco naquele final de tarde, nos obrigando irremediavelmente a adentrar a nossas barracas antes q o manto negro da noite se debruçasse em definitivo sobre aquele vale selvagem e perdido.
A noite transcorreu sem nenhuma intercedencia e felizmente não choveu. Por ser um vale estreito, fechado e úmido logicamente q fez um frio desgraçado durante a madrugada, mas nada q um bom saco-de-dormir aliado ao cansaço acumulado não desse conta. Dureza mesmo foi tentar dormir td torto em terreno irregular, levemente inclinado, sentido nas costas as pontadas dalguma pedra brotando do solo. Qdo era preciso relevar as coisas, bastava prestar apenas atenção aos ruídos da mata e ao som tão relaxane qto hipnótico daquela grandiosa cachu bem do nosso lado. Ter a plena ciência q éramos os donos absolutos daquele pequeno paraíso já era reconfortante pra tornar a dormir, mesmo q o sono fosse picado.
A manhã sgte irrompeu maravilhosa, e a promessa de mais um dia perfeito se traduziu no Astro-Rei estendendo seus braços lentamente ao vale, como q querendo tocar aquela bela cachoeira. Levantamos assim q clareou, antes das 6:30hrs, e as mochilas engoliram a bagagem com a mesma avidez q a gente engolia nosso desjejum matinal. Parece q naquela manhã de feriado tds estavam com fome, até os pernilongos, q nos obrigaram a trajar td roupa possivel mas mesmo assim morderam assanhadamente as meninas ate por cima das vestes. Eu saí menos picado, por sorte, vai ver q meu sangue importado (e falsificado) não caiu no gosto deles.
Antes de zarparmos, porem, aproveitei pra subir ao alto da cachu. Pra isto basta cruzar o rio saltando de pedra em pedra e na outra encosta galgar uma evidente picada q sober a pirambeira quase vertical q bordeja o paredão direito da cachu. Escalaminhada pauleira onde é preciso saber bem a agarra a se fixar, num piscar de olhos emergimos da mata e nos deparamos num patamar rochoso logo ao lado da primeira queda, com visual privilegiado do poço intermediário e das demais quedas despencando no lago, la abaixo. Tento gritar pras meninas mas o rugido da cachu abafa facilmente minha voz. Satisfeito, volto de encontro pras bravas integrantes desta trip. Bravas mesmo, pq a Dé foi a única q fez questão de começar a pernada de banho tomado. Cortesia do lago da cachu.
Nos despedimos da Cachu do Funil as 8:40hrs, dando as costas a ela pra então começar a galgar o trecho q ate então adiamos de forma irremediável: a subida dos mais de 200m verticais! Por sorte, terminamos com boa parte dos nossos mantimentos de modo justamente a aliviar o peso nas costas nesta ascenção. Mas ainda assim fomos ganhando altitude de forma vagarosa, porem constante. Usando constantemente galhos como corrimãos naturebas, ganhamos o alto da serra um pouco depois das 9hrs; o Mirante foi alcançado 20min depois, e assim o resto da trip transcorreu naturalmente. Sempre acompanhando as marcações deixadas, as 10hrs alcançamos a importante bifurcação q direciona nossa rota em definitivo pra casa, ou seja, pra leste.
Na volta, como era de se supor, foi possivel reparar coisas q no dia anterior passaram desapercebidas, algo tipico da Serra do Mar. A região é um legitimo santuário de Mata Atlântica banhada pela ampla e larga bacia hidrogafica do Rio dos Macacos. Por aqui a fauna vibra. No caso, sob a forma de aves cantarolando o tempo td, uma enorme e lustrosa lacraia, e um espivetado calanguinho q encantou as meninas. Flora então, nem se fala. Canelas, cedros, figueiras, jatobás e o combalido e cobiçado palmito-juçara fincam suas raizes sem medo, tanto q a região bordeja o Nucleo Curucutu do Pque Est. Serra do Mar. Nos finalmentes, temos um breve desvio prum acampamento palmiteiro desativado as margens da trilha principal, e q nos passou desapercebido na ida. É, a trilha de volta nunca é idêntica a de ida.
Nos vemos de volta ao veiculo logo após o meio dia, com um sol forte fritando nossos miolos e calor emanando do chão cozinhando o resto do corpo. Foram mais de 3hrs inipterruptas pra vencer os menos de 6kms tortuosos q nos separavam do paradisíaco local de pernoite. E após nossas vestes sujas e úmidas darem lugar a roupa limpa e seca, tomamos o asfalto rumo pra casa. Na parada providencial (e necessária) em Embu-Guaçu, a simpática atendente do restaurante q nos serve o suculento prato do dia não deve compreender o motivo daquela comida trivial ser devorada com gosto e vontade atípicas por aquela galera mochilada. Na verdade, nem a gente sabe ao certo, pois são coisa q somente quem vivencia este tipo de experiência deve entender. Promessas. Trilhas. Cachoeiras. Apenas mais um final de trip na nossa velha e bela vizinha, a maravilhosa Serra do Mar.
* https://altamontanha.com/Aventura/3627/perrengue-no-vale-do-preguica
Jorge Soto
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