A Crise da Argentina e as Montanhas

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Sim, a Argentina está em crise. Apesar de não ser muito noticiado no Brasil, o conflito entre Campo – produtores rurais – e Governo continua sem solução.


Simplesmente nenhum caminhão circula no país. São mais de 140 mil parados nas estradas. Nas cidades do interior não existe mais combustível e a comida já está acabando. Muitas fábricas não conseguem mais produzir por falta de matéria-prima.

O mais impressionante é ver a passividade ou inflexibilidade do Governo perante a situação. Certamente este não quer perder a receita do pesado imposto (50%) que quer aplicar aos produtores rurais. Mas por outro lado, está perdendo muito dinheiro com a economia de todo o país que está parada.

Nesta próxima semana, a crise vai atingir com mais força a cidade de Buenos Aires e, se nada for feito, uma revolta da população pode surgir.

E o que tudo isso tem a ver com as montanhas do país?

Simplesmente sem combustível não se pode chegar até elas. O transporte público está precário e quase parando, e para ir de carro só se tiver combustível estocado para a volta.

O fim de semana que começa no sábado 14 de junho é prolongado devido a um feriado na segunda-feira. Inicialmente eu tinha planejado sair de Córdoba e ir até Mendoza para fazer uma montanha. Devido a todos estes problemas, tive que mudar de idéia.

A estratégia agora seria subir pelo menos umas duas montanhas aqui perto de Córdoba. Uma delas seria o Cerro Negro (2.600m) que está atravessada na minha garganta, devido a uma tentativa mal sucedida de alcançar o cume. Para conseguir subir, necessito rodar 3,5 horas de carro passando por uma estrada de terra deserta e sem ônibus para chegar às 7h00 na base da montanha. A outra montanha seria o Cerro Uritorco (1.979m) situado no outro extremo da Província de Córdoba.

Bom… com esta falta de combustíveis nos postos, eu terei sorte se conseguir subir em ao menos uma delas.

Direto da Argentina,
Márcio Carvalho.

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