A Everestização do K2

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A montanha mais alta do Paquistão registrará neste ano o dobro de alpinistas que em 2014. O êxito da temporada anterior (com 48 cumes) e provavelmente o cancelamento das expedições da primavera no Himalaia provocou a multiplicação das expedições.

Já faz alguns anos que se vem falando na everestização do K2, a segunda montanha mais alta do mundo com 8611 metros que é muito mais difícil tecnicamente que o Everest, que apesar de ser mais alta, é uma montanha mais fácil e que atrai muita gente, ao ponto de haver fila para as pessoas chegarem no cume e acampamentos gigantescos com muita estrutura e eliminação dos desafios que uma escalada desta têm naturalmente. Ou seja, na comercialização do Everest criou-se todo um estilo para se chegar ao cume que outro lugar que receba a mesma estrutura sofre a tendência de ser "Everestizada".
 
Com a chegada dos alpinistas no campo base do K2 para a temporada de ascensões 2015, a tendência é siga esta lógica, uma vez que fontes locais afirmam que o número de pessoas e da estrutura duplicou do ano passado para este.
 
Razões para o aumento de pessoas no K2
 
Uma das causas deste incremento no numero de montanhistas no K2 se encontra provavelmente nas boas estatísticas do ano passado, já que 2014 foi uma das melhores temporadas  da história. Um total de 48 pessoas fizeram cume em 2014, 3 a menos que o recorde histórico que foi em 2004, no aniversário de 50 anos de sua conquista, quando 51 chegaram ao topo.
 
Em 2014, o K2 também registrou outro recorde, em só dia 32 pessoas chegaram ao cume, ou seja, daquele total, a maioria fez cume num único dia. E este total de pessoas que finalizaram a expedição com sucesso representou 80% dos presentes, uma taxa elevadíssima de sucesso de cume. Apenas a título de comparação, o Aconcagua que muito mais baixo e mais fácil tem uma taxa de 30%.
 
Outra causa provável do incremento de permissões ao K2 poderia ser o cancelamento da temporada de primavera do Everest devido ao terremoto no Nepal.
 
As expedições de 2015
 
As expedições previstas para 2015 já estão em marcha. Muitas delas já chegaram ao campo base e já foram recebidas com frio e neve. Outra parte se encontra em Skardu ou no trekking de aproximação.
 
Pelo menos 5 agências estão trabalhando no K2 neste verão. Todas elas importaram experientes sherpas do Nepal que trabalharão na fixação da rota e montagem dos acampamentos altos. Centenas de porteadores paquistaneses trabalham levando equipamentos e suprimentos para a montanha pela longa trilha no Glaciar Baltoro.
 
Dentre as pessoas que se encontram na região estão o argentino Mariano Galván. Dependendo de como sairão as coisas no Broad Peak (montanha de 8 mil metros localizada na frente do K2), poderão somar a ele os equatorianos Iván Vallejo (que já completou todos os 14 oito mil), Carla Perez e Esteban Mena, além da brasileira Cleo Weidlich.
 
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Texto publicado pela própria redação do Portal.

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