O mais recente período da pré-história é chamado de Quaternário. Ele começa na época do Pleistoceno e termina no atual Holoceno. O Pleistoceno é testemunha da origem e desenvolvimento do homem e da atual conformação dos vegetais e animais. Ele se estendeu desde 2.5 milhões a pouco mais de 10 mil anos atrás.

Homens Primitivos no Pleistoceno
O Pleistoceno foi palco de inúmeras glaciações, quando cresceram as calotas polares e caiu o nível dos mares. A vegetação preponderante eram as tundras frias, ou desertos gelados recobertos de líquenes. Nos períodos interglaciares surgiram as pastagens temperadas e a aridez fez recuarem as florestas. Ele terminou no calor ameno do Holoceno.

Visão do Pleistoceno na América do Norte
Quais as razões desse desaparecimento? Em muitos casos, foram naturais. Principalmente ligadas à mudança climática, pela variação de temperatura que afetou grandes animais pouco flexíveis. Quando o clima esquentou, as savanas cederam espaço às florestas e os grandes herbívoros perderam suas pastagens. A natureza se fragmentou e a qualidade da alimentação decaiu. Subiu o nível dos mares, inundando áreas antes comodamente habitadas pela fauna.

Manada de Mamutes na Era do Gelo
Mas, inversamente, a África e a América do Sul não passavam então por uma glaciação e nelas não havia a necessidade de recorrer à caça sistemática. Além disso, as técnicas de caça não eram suficientemente aperfeiçoadas para abater grandes animais. Então, a extinção teria sido neste caso causada principalmente pela mudança adversa da vegetação, derivada do clima – e, portanto, natural.

As Exóticas Macrauquênias na Savana
Mas queria falar agora de alguns desses extraordinários animais que perdemos, antes de sequer tê-los conhecido no período histórico. Comento a seguir algumas das espécies encontradas nas Américas.

Megatério se Alimentando de Folhas
Os megatérios, gênero de preguiças gigantes, eram do tamanho de um elefante, com até 5 toneladas. À semelhança dos tamanduás, acionavam sua língua para colher as folhas das árvores. Apesar de sua altura, eram bichos pacíficos e lentos, embora muito fortes. Não atacavam, mas podiam se defender com suas enormes garras.

Mastodonte Americano, Precocemente Extinto

O Estranho Toxodonte, Semelhante a um Hipopótamo
Outro herbívoro gigantesco era o toxodonte, que chegava a 2 toneladas. Lembrava o hipopótamo, com suas patas curtas e seu corpo arredondado. A posição baixa de sua cabeça indicava alimentar-se de pastagens. Há evidências de que foi caçado pelos homens, por causa de seu tamanho e lentidão. Desapareceu no período de intercâmbio entre as espécies na América, criado pela ponte de terra no Panamá.
Talvez os mais estranhos herbívoros tenham sido as macrauquênias. Tinham uma cabeça comprida, uma pequena tromba e um longo pescoço, assemelhando-se às girafas. Com até 1 tonelada, eram um tanto vagarosas, mas capazes de se esquivar dos felinos. Últimas de sua linhagem, foram extintas pela maior competição causada pelo intercâmbio entre espécies do norte e do sul da América.

Gliptodonte, o Bizarro Tatu Gigante
O smilodon foi um felídeo, conhecido como tigre dentes de sabre. Maior do que os atuais felinos, com longos e protuberantes caninos curvos e grandes membros anteriores, era predador dos grandes herbívoros. Os maiores espécimes chegavam a 1/2 tonelada. Foram provavelmente extintos pelo desaparecimento dos animais que caçavam. Não se sabe se eram animais solitários ou sociais.

Smilodon ou Tigre Dente de Sabre
Hipidions eram cavalos selvagens, com um só dedo que formava o casco e com uma pequena tromba. Eram relativamente grandes, com 1/3 de tonelada. Isto lhes permitia comer as folhas das árvores, não só a grama do chão. Eram na América os equivalentes das zebras da África. Apesar de animais corredores, foram extintos pela ação dos felinos e dos homens.

Hippidion, o Cavalo Primitivo