Chegar ao topo do Aconcágua, a segunda montanha mais alta do mundo depois do sistema do Himalaia, é um sonho de muitos. Localizada na província de Mendoza, na Argentina, sua altura é de 6.962 metros acima do nível do mar. Existem muitas histórias de montanhistas que alcançaram seu objetivo realizando seu sonho e de outros que não o fizeram. Entre elas a história daqueles de quem tem quatro subidas como Oro, o cachorro montanhista.
Ignacio Javier Lucero é o companheiro de Oro. Ele trabalha como guia de montanha e o cão o acompanha por toda parte. Por isso, em cada uma das saídas, os dois escalam cerros e montanhas.
Amor a primeira vista
Oro era um cachorro de rua e morava em qualquer lugar, até que um dia se estabeleceu na porta de Ignacio e nunca mais saiu. Mas a união do homem e do cão aconteceu depois que o primeiro sofreu um infarto no Himalaia, a 7.400 metros acima do nível do mar.
“Ele começou a morar na minha porta e eu comecei a treiná-lo, embora na verdade começamos a treinar juntos porque estávamos aprendendo”, lembra Ignacio.
No meio de sua recuperação, o guia de montanha começou a gostar de seu novo animal de estimação: “Ele começou a me conter psicológica e fisicamente. Ele estava me fortalecendo e ele é um cão que aprende muito rápido”.
Em 2016, Ignacio decidiu ensinar a Oro maneiras de usar sua própria energia para se mover melhor nas montanhas. Foi assim que o cão começou a se desdobrar, antecipando tempestades ou marcando as estradas. Também estabeleceu hidratação e tempos de descanso.
“Devido aos meus problemas de saúde, fui proibido de escalar. Subir o Aconcágua novamente e sem ele não seria possível”, disse Ignacio.
Para Ignacio, Oro não é apenas um cão esportivo, mas seu ajudante e companheiro. “Junto com ele promovo o bem-estar animal e incentivo o cão a ter a possibilidade de ter direitos”, acrescentou.
O Himalaia permaneceu pendente
Apesar da intenção de visitar o Himalaia, as autoridades espanholas não autorizaram o cão a viajar. É por isso que Nacho teve que enfrentar o desafio sozinho e com lágrimas nos olhos, mas ele foi capaz de alcançar seu objetivo.
Esse texto foi publicado originalmente por FEDERICO SÁNCHEZ PARODI no site masaireweb.com
1 comentário
mais um motivo pra não proibir entrada de cães em lugares naturais