Bem, na coluna anterior eu estava falando do trambolho poluente chamado automóvel. Sim, é claro que é bom ter um carro. Facilita e muito nossa vida em alguns aspectos. Ele nos torna independentes até o momento que ele nos deixa na mão. Por isso prefiro estar de carona. Consumo consciente, minha contribuição ao planeta.
Aqui em Curitiba é fácil observar na hora do rush, no meio dos congestionamentos, os automóveis com apenas o motorista dentro, sendo que a capacidade normal de um veículo desses é de quatro pessoas. Podemos classificar o aumento de automóveis como fator de crescimento econômico. Mas também podemos classificar como crescimento da introspecção das pessoas e evidentemente o aumento da poluição do ar.
Na Europa é comum que as pessoas que morem e trabalhem próximas umas das outras combinem de usar o mesmo automóvel em seus deslocamentos. Assim poupam bastante dinheiro e ainda contribuem com a qualidade do ar. Desculpem. Esqueci que somos um país de ricos e sem problemas de poluição. Mas essa já é uma questão muito mais complexa, onde já entra a questão da educação, entre outras coisas.
O fato é que a busca por status que um automóvel proporciona causa sim um impacto muito maior do que aquela clareira que você abriu para colocar sua barraca meu amigo… E o pior de tudo é ter que ficar escutando baboseiras de pseudo-ambientalistas, que na hora de cortar a plantinha ou matar a butuquinha fazem o discurso, mas que entopem o planeta com seus poderosos motores V-6.
Vivemos na idade da hipocrisia, onde quem pode mais chora menos. Portanto deixa eu parar de chorar aqui e por o pé na estrada, ou melhor, na trilha.
Um forte abraço e até a próxima.
GEORGE JOSÉ VOLPÃO
www.georgenasnuvens.com
Vida Outdoor e Consciência Ambiental