Localizado no norte do Paquistão, na divisa com a China, o K2 é a segunda montanha mais alta do mundo e é conhecida por ser uma das mais difíceis e perigosas montanhas do mundo. O trekking até o acampamento base do K2 é muito diferente dos trekkings em outras montanhas de 8 mil metros, como o Everest, pois este é muito mais remoto e muito menos estruturado.
O começo das dificuldades deste trekking é a própria instabilidade política do Paquistão, que é o país muçulmano mais populoso do mundo e sofre com interferência de grupos radicais, como o Al Qaeda. A região onde está localizada o K2, a Kashemira, está em disputa com a Índia. A paz entre ambos países, que detém bombas nucleares, só existe através de um tratado de cessar fogo.
Mesmo com tantos problemas, a região detém uma das mais belas paisagens montanhosas do mundo, com 4 picos acima de 8 mil metros, geleiras, montanhas nevadas e rochosas, num trekking de tirar o fôlego que pela primeira vez é organizado por uma agência brasileira.
:: VEJA MAIS – Trekking ao Campo Base do K2
O guia responsável por este trekking, está nos enviando notícias diretamente do Paquistão, confira abaixo:
Trekking K2, 2019 – Participantes:
Arlete Wojcik
Arlindo Zuchello
Augusto Pádua
Ricardo Cordeiro
Bernardo Motz
25/06 – Grupo chega em Skardu – Fim de Trekking
Hoje o grupo chegou em Skardu. Todos muito felizes por terem realizado o trekking mais desafiador de suas vidas, uma experiência incrível e renovadora! Arlete e Ricardo continuarão no Karakoram para conhecer o vale de Hunza, acesso ao Nanga Parbat, os demais retornam a Islamabad.
24/06 – Grupo retornando em Skardu
Este é o ano que mais nevou em 25 anos. Devido a esta dificuldade climática, o grupo decidiu retornar pelo Baltoro a invés de atravessar o passo de Gondogoro.
20/06 – Chegamos ao campo base do K2.
18/06 – Concórdia
Após vários dias de trekking no Paquistão, nosso time chegou ao Acampamento Concórdia, o último acampamento antes do K2 basecamp. Daqui já é possível ter uma boa visão da famosa montanha.
Há muita neve e o passo por onde eles continuariam o trekking esta fechado. Por isso eles deverão visitar o Acampamento Base do K2 e retornar pelo mesmo lugar. cruzando novamente o glaciar Baltoro.
Nesse canto do mundo a comunicação é precária, mas eles conseguiram se comunicar e avisar que estão todos bem.
17/06 – Goro 2
A equipe está em Goro2, acampamento localizado há 4300m. Há bastante neve no Karakoram este ano. O grupo está bem, mas por conta da neve é possível que eles não atravessem o passo de Gondogoro e retornem pelo Baltoro mesmo.
14/06 – Acampamento Paiju
Hoje o grupo chegou até o acampamento Paiju. o grupo enviou uma mensagem por telefone satelital e disse que todos estão bem e que tem nevado bastante no Karakoram. O acampamento Paiju fica proximo as chamadas “Catedrais de Paiju”, um espigão de montanhas rochosas extremamente escarpadas.
13/06 – Askoli
A falta de comunicação nos deu deixou alguns dias sem detalhes do andamento da expedição. No entanto recebemos a notícia que o grupo está bem e chegou em Askoli. Houve uma chuva inesperada e o grupo aproveita para descansar.
Dia 07/06:
Estamos seguros aqui em Rawalpindi, Paquistão. Amanhã começa nossa jornada por terra pela famosa estrada Karakoram Highway. Serão 12 horas de estrada sinuosas até Chilas, a capital Talibã aqui no Paquistão. No domingo teremos mais 9 horas de estrada até Skardu que é nossa base para começar aproximar o K2. Quase todo mundo mundo já está aqui, e só falta o Berbardo Mötz chegar hoje à noite. Ontem foi bem legal, fomos comer um churrasquinho paquistanês bem apimentado. As pessoas aqui nos receberam muito bem, apesar da fama do Paquistão, é um dos países onde me sinto melhor recebido, especialmente no norte. Amanhã cedo vamos conhecer o nosso Liaison Officer do exército paquistanês que vai com a gente até Askoli para garantir que saia tudo bom. Mandaremos mais notícias em breve!
Dia 10/06/19
Estamos em Skardu no norte do Paquistão. Tudo pronto pra começarmos a jornada de quase 2 semanas para o K2. Vamos entrar por um vale e sair por outro. A logística para isso é um tanto complexa e requer 40 carregadores levando a tralha toda. Teremos 1 dia de jipe ate Askoli onde começamos a caminhar. Depois temos 1 semana caminhando até a base do K2. Para sair demoraremos outros 5 dias passando por um passo montanhoso e técnico de 5600m para finalmente descer um vale chamado Hushe (esse pelo menos é o plano). As montanhas ao redor de Skardu estão bem nevadas e ao que parece o último inverno foi um dos mais rigorosos dos últimos anos e depositou muita neve nas montanhas.
Caminhão carregando suprimentos