Uma expedição de diabéticos portugueses parte nesta terça-feira para os Andes argentinos, na tentativa de alcançar o cume do Aconcagua, a montanha mais alta do hemisfério Sul, com quase sete mil metros.
O grupo, de três diabéticos, pretende “alcançar o cume, a 6.972 metros de altitude”, na tentativa de registar o feito de serem “os primeiros diabéticos dependentes de insulina a chegar ao cume daquela montanha andina pela Rota dos Polacos Transversal”, explicou o participante Frederico Teixeira.
A expedição será acompanhada pela médica Sílvia Saraiva, especialista na doença, que considera importante “desmistificar a diabetes como doença incapacitante”.
A médica e organizadora da expedição pretende “promover o avanço científico da diabetes, estudando o seu controle em situações de exercício extenuante e em condições climáticas extremas”.
Sílvia Saraiva tem como objetivo, para além do registro do feito, mostrar que “o fato de serem portadores da doença não é impeditivo de fazerem qualquer tipo de atividade”.
Na sua opinião, os portadores da diabetes podem fazer “qualquer tipo de esforço ou esporte mais exigente”, e até mesmo “comer chocolates ou qualquer outro alimento”.
Os alpinistas da expedição têm experiência anterior em alta montanha, com vários cumes conquistados na Europa e África.
Os três alpinistas, além da médica e de um jornalista que vai acompanhar a expedição, vão suportar “temperaturas até aos 20 graus negativos e ventos com cerca de 180 quilômetros por hora”, explicou Paulo Carrilho, também participante.
Para saber mais sobre o Aconcagua.
Fonte: Agência Lusa