A partir da temporada 2016/2017, será preciso realizar um depósito de 40.000 pesos argentinos para subir o Aconcagua, que será utilizado para resgates, quando necessário. Se o alpinista não usar o serviço, o valor será devolvido.
O governo da cidade de Mendoza, Argentina, ao contrário do que foi exposto recentemente, anunciou que haverá toda a estrutura de resgate na montanha, incluindo o helicóptero. A diferença é que, para viabilizar essa estrutura, o alpinista precisará depositar cerca de 40 mil pesos argentinos (aproximadamente R$8.500,00) antes da escalada, e caso não utiliza do efetivo de resgate, terá o valor devolvido após sua tentativa.
Segundo informações, o valor somente será utilizado caso o alpinista seja resgatado por helicóptero, e o valor de 40.000 pesos corresponde a hora voo da aeronave.
Conforme Mabel Chambouleyron, secretária de Recursos Naturais e de Meio Ambiente de Mendoza, essa iniciativa vai de encontra com a proposta de tornar o parque do Aconcagua totalmente auto sustentável. Ela afirma que "foi implementada uma forma de cobrar o custo do uso do helicóptero, serviço terceirizado que inclusive já está sendo licitado".
A decisão, entretanto, já preocupa montanhistas e prestadores de serviços, que sinalizam que o custo, calculado em 40 mil pesos por hora do serviço é extremamente caro. Eles também se preocupam com a data da decisão de cobrar esses valores, uma vez que a temporada inicia em menos de 15 dias e muitos montanhistas e escaladores de outros países já estão na Argentina e podem não estar preparados para esse custo a mais.
"Nós temos a postura de que se deve pagar pelas horas de uso do helicóptero, porém, o problema é a forma com que se quer cobrar isso. Até a útlima temporada, o poder público afirmava que todos os aumentos do 'permiso' para a escalada do Aconcagua eram devido aos custos com o uso do helicóptero…" Afirmou Jose Casas, prestador de serviços no Aconcagua.
Ele ainda lembrou que na última temporada, 3 mil pessoas pagaram para escalar o Aconcagua, e que dentro dos custos do permiso, aproximadamente 100 dólares de cada um era relacionado ao seguro, que deveria cobrar os custos com helicóptero. Isso dá 300 mil dólares por temporada, que além de cobrir todos os custos da aeronave no período, ainda era utilizado para cobrir custos de resgate em outras montanhas.
A secretária de Meio Ambiente de Mendoza rebateu afirmando que "as licitações para uso do helicóptero eram para 100 horas de uso, que corresponde a menos da metade do uso efetivo que foi gerado na última temporada. Vamos fazer uma grande economia e esforço para fazer com que o uso do helicóptero seja mais eficiente e que seja somente utilizado por guarda parques, translados, resgates e evacuações da montanha".
Segundo os dados do parque, de 6000 visitantes que o Aconcagua teve na última temporada, metade disso era para escalada da montanha e ocorreram cerca de 100 resgates.
"A ideia é que o gasto com uma atividade particular não recaia sobre o dinheiro de toda a comunidade de Mendoza. Se o alpinista precisa de um serviço caro, então que o assuma de forma pessoal" finalizou Chambouleyron.
A forma de cobrança ainda está sendo discutida entre as autoridades, porém, é quase consenso de que será cobrada com retenção de valores no cartão de crédito do alpinista, que será retirada após a escalada da montanha. Será mais ou menos como na locação de veículos.
"Será a forma mais amigável para termos a certeza de que o montanhista pode pagar", afirmou a funcionária, deixando claro ainda que o governo de Mendoza "não deixará que ninguém morra na montanha por não poder pagar".
Por enquanto, não foi definido se haverá cobrança por resgates terrestres e nem os custos relacionados a essa forma, que atualmente são quase todos bancados pelo Ministério de Segurança da Argentina, através da Patrulha de Resgate.
Definitivamente, o segredo para poupar um pouco para escalar a maior montanha das américas é:
:: Para saber mais sobre o Aconcágua, consulte os sites:
:: Para escalar o Aconcagua, recomendamos os serviços da empresa Gente de Montanha!