Adam Ondra encadena quatro vias 8b+ em um único dia, à vista.

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O escalador tcheco, Adam Ondra, não cansa de surpreender os seus fãs. Além de escalar as vias mais difíceis ele também é mestre em fazer isso à vista (onsinght). E dessa vez ele encadenou não apenas uma via à vista graduada em 8b+ francês, o equivalente ao 10c brasileiro, mas sim quatro.

Adam Ondra na via Tanec s vlkmi – Dancing With Wolfs

Encadenar ou mandar uma via à vista é o ato de escalar uma rota inteira sem cair ou usar equipamentos para progredir artificialmente já na primeira tentativa e sem ter visto ninguém escalando a rota antes. Apenas escalar “sacando”, que é quando o escalador sobe colocando as costuras expressas na parede, é considerado mais difícil do que o que Ondra fez.

No meio do mês de junho, Ondra foi conhecer um novo setor de escalada na Eslováquia. Após um rápido aquecimento em um 7a e um 8a (7c e 9c na graduação brasileira), o escalador investiu na via Insomnia 8c (11a brasileiro). No entanto, ele teve uma queda e perdeu a tentativa à vista.  Então ele escalou as vias Tanec s vlkmi (Dancing With Wolfs), Austista, Pu-erh e Štyri myši (Four Rats) todas graduadas em 8b+ (10c bra). “Esta nova área oferece uma boa seleção de rotas difíceis e uma ótima oportunidade para se divertir tentando encadear tantas rotas à vista quanto possível”, relatou ondra em suas redes sociais.

Com essas novas rotas ele atingiu o número de 100 vias de 8b+ encadenas à vista. A primeira delas foi  Kale borroka em Siurana em 2006. Apesar do feito extraordinário, essa não é a primeira vez que Ondra o realiza. Em 2018 ele já havia encadenado 4 vias de 8b+ e quase finalizou a quinta. No entanto, caiu na última sessão da via e perdeu a tentativa à vista. E em 2011, o atleta escalou duas vias de 8c e mais duas de 8b+ em sequência dessa mesma forma.

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Sobre o autor

Maruza Silvério é jornalista formada na PUCPR de Curitiba. Apaixonada pela natureza, principalmente pela fauna e pelas montanhas. Montanhista e escaladora desde 2013, fez do morro do Anhangava seu principal local de constantes treinos e contato intenso com a natureza. Acumula experiências como o curso básico de escalada e curso de auto resgate e técnicas verticais, além de estar em constante aperfeiçoamento. Gosta principalmente de escaladas tradicionais e grandes paredes. Mantém o montanhismo e a escalada como processo terapêutico para a vida e sonha em continuar escalando pelo Brasil e mundo a fora até ficar velhinha.

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