A AJM (Associação Joinvilense de Montanhismo) nos últimos anos vem executando um trabalho de prevenção e educação na comunidade que frequenta a montanha durante o feriado. Na base da montanha, no principal acesso, é montado um ponto de controle, a fim de cadastrar os frequentadores e sugerir algumas condutas de mínimo impacto.
Confira o relato do Reginaldo Carvalho – Coordenador Ambiental AJM
Mais um feriado de páscoa que estivemos no Monte Crista acompanhando o fluxo de pessoas que sobem à montanha e mais uma vez constatou-se a urgência de uma tomada de decisão mais séria que minimize as conseqüências trazidas pelo fluxo descontrolado e excessivo na montanha.
É triste trafegar na trilha e acampamentos após o feriado de páscoa com mais de 400 pessoas, a ignorância dos freqüentadores à respeito de praticas de mínimo impacto fazem desses lugares um verdadeiro chiqueiro humano, gerando um significativo impacto ao meio natural.
Além do impacto no meio natural, existe o aumento da probabilidade de acidente, como o ocorrido no último sábado onde o Alberto e o James auxiliaram a garota que foi resgatada com sucesso pela equipe do Esquadrão Aéreo da PM, graças a esses montanhistas que no momento estavam descendo a montanha e automaticamente prestaram socorro e comunicaram o resgate via rádio.
Com tudo isso, devemos pensar em uma solução mais viável para minimizar os impactos e acidentes na montanha. Faz-se necessário alertar a urgência de se transformar a área em uma unidade de conservação para o controle e o planejamento do fluxo de visitantes.
Com isso, a AJM deve firmar parcerias com instituições a fim de juntar esforços em prol da conservação e gestão turística do Monte Crista, pois se trata de um patrimônio natural e histórico de extrema importância à humanidade.
Obrigado a todos que colaboraram nos plantões durante o feriadão, o Monte Crista agradece.
Por Reginaldo José de Carvalho
Fonte: Blog Ecos da Montanha