MESILI, Alain
Bolivia entre pueblos y montañas
Ano de edição: 2007, La Paz
155 páginas
Dimensões: 19 x 26
Idioma: espanhol e inglês
As árvores enterram suas raízes aonde a diminuta e caprichosa semente cai. Não importa se o solo é fértil, arenoso ou cheio de pedras. Os homens fixam suas raízes mais profundas aonde creêm que crescerão vigorosos, aonde um amor os ancora enquanto dure, ou aonde encontram um desafio que será o motivo de sua vida e lhe dará o sentido vital e supremo. Com este prefácio a prefeitura do departamento de La Paz apresentou o livro impresso entitulado Bolivia, entre povoados e montanhas, do artista, alpinista e escritor Alain Mesili.
O encarregado de receber o livro, álbum fotográfico das melhores regiões turísticas e montanhosas foi o Secretário Geral, Alejandro Zapata, que reconheceu que o apoio à arte e principalmente ao turismo é outra estratégia de desenvolvimento muito importante para o progresso do departamento de La Paz. Este livro resume os lugares mais importantes da cosmovisão andina e amazônica da Bolívia, razão pela qual a prefeitura recebe de bom grado este material que não só mostra a natureza mas também a maior riqueza humana que tem nosso país, afirmou.
O ato serviu também para testemunhar facilmente a vida de Alain, pois embora sua semente seja de terras distantes (Paris-França 1948), ele é mais boliviano que muitos que nasceram na Bolívia. É aqui aonde encontrou o estímulo que nutriu e o nutrirá, este é seu território de amores, aventuras e felicidades, disse a autoridade do departamento de Cultura e Turismo, Rafael Laora.
O representante dos montanhistas da Bolívia, disse que valendo-se generosamente da experiência e dos conselhos de Alain, aprendeu a amar sua própria terra respeitando a natureza. Alain possui um rico arquivo de nossas paisagens mais belas e temidas. E não é uma coleção destinada a se deleitar em solidão, nos oferece, com generosidade. Com este livro, Alain põe em evidência seu conhecimento e profundo amor pela Bolívia. Demonstra que suas raízes são sólidas.
O livro “entre pueblos y montañas” mostra também mais para o norte, o cruzamento da Cordilheira Real ou da Cordilheira de Quimza Cruz produz uma impressão completamente diferente. As superfícies altas e planas não são imediatamente discerníveis neste lugar e a visão se enche de assombro diante das massas compactas de alguns maciços de gelo que se elevam, como o Illampu, o Huayna Potosí e o Illimani, a mais de 6.000 metros.
O andinista reconhecerá imediatamente que estes maciços, de composição granítica, formam como enclave no seno das massas esquistosas da era primária, correspondente a intrusões magmáticas que segundo demostraram os geólogos se consolidaram durante a era terciária, há mais ou menos uns vinte e dois milhões de anos e talvez durante as épocas mais antigas da Cordilheira Real.
Mesili narra como estes maciços, igualmente ao resto dos Andes, se elevaram progressivamente, mas a um ritmo mais rápido, o que explica que possam atualmente dominar uma altitude de 2.000 metros sobre o Altiplano que se diferencia desde o caminho de Oruro a Cochabamba.
Seu interesse não se vê diminuido por isto: os filões de prata, de estanho, de wólfram que fizeram a fama da Bolívia, a falta de altitude, estão intimamente associados com elas.
Ao se erguerem, os Andes Orientais se encontraram expostos a uma erosão muito ativa. Os materiais arrancados aos relevos em vias de formação foram transportados pelos rios e depositados por um e por outro lado da Cordilheira, em extensas depressões que ocupavam o Altiplano pelo oeste, a zona Subandina pelo leste.
Segundo o escritor estas depressões, contrariamente à cadeia montanhosa, se fundiam progressivamente a medida em que se iam acumulando ali os restos de todo tipo de conglomerados, areias ou argilas, provenientes da Cordilheira. Este fundimento explica a considerável espessura, pelo menos dez mil metros, de sedimentos da era terciária no Altiplano.
Quem é Alain Mesili?
Alain, nasceu em Paris, na França em |949, viajou pela primeira vez a Bolívia em 1969. Desde então esteve muito ligado com a Cultura, o andinismo e as letras.
Realizou numerosas rotas nos andes bolivianos, é por sua vez o impulsor do turismo de aventura. Junto a agência Tawa, abriram circuitos hoje considerados como clássicos: Sul Lipes, Salar de Uyuni, travessia pela Cordilheira Real e Apolobamba na Amazônia, destinos que criaram uma imagem da Bolívia como destino turístico.
Tem vários livros editados desde 1996 com a editora Los Amigos del Libro e edições CIMA. Em 2006 colaborou em um novo livro Bolívia + 6.000 do fotógrafo Willy Kenning, cujo trabalho ilustra fotograficamente as 13 montanhas mais altas do país.
LIVROS
Dezenas de livros e enciclopédias em diferentes idiomas fazem referência a Alain Melisi. Entre eles: Anuários do Clube Alpino Italiano, Jhohn Biggar, The Higth Andes, Yossi Brain, Bolivia a Climbing Guide, Silvio Sanjines La Cordillera de Los Andes Bolivia e outros em projetos.
PROJETOS
De los andes a la Selva livros de fotos bilíngüe Espanhol-Inglês, referente aos povos, paisagens, fauna e flora, desde a cordilheira dos Andes, os Yungas e a Amazônia.
Bolívia, expediciones y andinismo, una historia Andina. Em dois volumes desde a formação dos Andes, seus primeiros habitantes à origem do andinismo, é também a história de cada cume maciço e a de seus expedicionários remontando a nossos dias.
Turismo de la Utopía a la realidad política ensaio crítico.
(Texto: Prefeitura de La Paz)