A travessia foi cronometrada desde o passo no norte do Cerro Standhart até o topo do Cerro Torre. De lá, os alpinistas fizeram rapel pela crista sudeste (a antiga Rota do Compressor) para retornar ao glaciar.
Na página de seu livro Patagonia Vertical no facebook, Garibotti disse: "Nossa, os tempos mudam. Este esporte maluco avança em saltos gigantes…Sim, a Travessia Torre foi concluída em um dia…Parece que foi ontem que este era considerado um projeto gigante que nunca sairia do papel".
A Travessia Torre foi pensada inicialmente por alguns escaladores italianos, incluindo Ernanno Salvaterra, especialista em escaladas na Patagônia, que tentou o feito várias vezes no final dos anos 80 e começo dos 90. Em 2005, o alemão Thomas Huber e o suíço Andi Schnarf fizeram a travessia do Standhart até o Egger, esolvendo parte da questão, e no mesmo ano Garibotti e os italianos Salvaterra e Alessandro Beltrami puseram a última peça no quebra-cabeça quando escalaram Arca de los Vientos, uma nova rota na face norte do Cerro Torre, a última perna da travessia.
Na última temporada, Haley e Honnold tentaram a Travessia e quase a completaram, escalando todo o trajeto até chegar a duas cordadas do topo do Cerro Torre, em 22 horas. Neste ponto, uma tempestade os forçou a voltar, em uma descida dolorosa pela face oeste do Cerro Torre e através do gelo. Quando finalmente voltaram à cidade, já tinham passado 53 horas sem fogareiro ou bivouac.
Em janeiro, Haley e o canadense Marc-Andé Leclerc completaram a travessia reversa do grupo Torre, escalando a face oeste do Cerro Torre, rapelando a imensa face norte, e continuando pelas três outras torres de sul a norte. Como a ravessia original, esta rota, que eles chamaram de La Travesia del Osa Buda, levou cerce de quatro dias.