Alex Honnold surpreende com mais uma mega travessia mista

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Não bastasse Alex Honnold ser um dos maiores escaladores solos da história, o que demanda enorme concentração e força psicológica, ele também tem buscado ultrapassar qualquer limite físico e se dedicado a mega travessias mistas. Assim, em outubro ele completou a travessia Hurt (Honnold Ultimate Red Rock Traverse) que consistia em atravessar o Red Rock Canyons e fazer o maior número possível de vias de escalada e cumes.

Alex Honnold durante a travessia HURT

Para tanto ele gastou 32 horas de atividade nas quais ele percorreu 56 quilômetros, acumulou 7.300 metros de altitude, escalou 23 picos e 14 vias de escalada em solitário. Seus amigos apenas o apoiaram na logística e no planejamento da rota. A graduação das vias chegaram até o 6b, o que está bem abaixo do nível do atleta. No entanto a quantidade torna o desafio extenuante.  “Tenho a sensação de que levará muito tempo até que esta rodada seja repetida. Ótimo trabalho meu amigo! Bem épico!”, disse o também escalador, Tommy Caldwell.

Essa não é a primeira vez que Honnold faz uma travessia mista. Em 2020, ao lado de Caldwell, realizou a CDUL (Continental Divide Ultimate Linkup) em apenas 36 hora. O circuito era composto por 11 vias  clássicas, divididas em 65 cordadas, onde os dois acumularam 6000 metros de altitude e 56 quilômetros de distância. Todavia, Ben Wilbur e John Ebers repetiram a façanha em 2021 e gastaram 58 horas. “Nós dois tivemos que trabalhar no dia seguinte, o que foi difícil”, disse Ebers.

A cerca de 10 anos, Honnold e Cedar Wright realizaram a travessia Sufferfest onde escalaram 45 vias no deserto da Califórnia e percorreram cerca de 1130  quilômetros de bicicleta entre elas.  Bem como, em 2014 ele realizou a travessia do Fitz Roy na Patagônia com Tommy Caldwell.

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Sobre o autor

Maruza Silvério é jornalista formada na PUCPR de Curitiba. Apaixonada pela natureza, principalmente pela fauna e pelas montanhas. Montanhista e escaladora desde 2013, fez do morro do Anhangava seu principal local de constantes treinos e contato intenso com a natureza. Acumula experiências como o curso básico de escalada e curso de auto resgate e técnicas verticais, além de estar em constante aperfeiçoamento. Gosta principalmente de escaladas tradicionais e grandes paredes. Mantém o montanhismo e a escalada como processo terapêutico para a vida e sonha em continuar escalando pelo Brasil e mundo a fora até ficar velhinha.

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