Artefatos da Idade do Ferro são encontrados com o derretimento das geleiras nos Alpes

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Com o aquecimento global e o derretimento das geleiras, inúmeros artefatos arqueológicos foram expostos nos últimos anos nas geleiras da Suíça. Para preservar a história desses objetos e evitar que eles se percam, o Museu de História de Valais iniciou um trabalho pioneiro de arqueologia glacial em 2018.

 

Objetos do mercenário do desfiladeiro. Foto: © Valais History Museum, Sion; photo: Michel Martinez

Assim pesquisadores correm contra o tempo sempre que alguma descoberta é feita para coletar os artefatos antes que sejam levados por montanhistas ou apodreçam devido a exposição com a atmosfera e o sol. Após a análise do objeto que busca identificar de qual data é qual função tinha, os artefatos ainda passam por um processos de preservação para só então serem exibidos no museu.

Itens que vão desde uma estátua de uma figura humana datada da idade do Ferro, gravetos utilizados para sinalização de viagens deixados pelos celtas; Até espadas, facas, um calçado, roupas finas, moedas do norte da Itália e armas da Alemanha que possivelmente pertenciam a um mercador do século XVII. Todos os objetos despertam a curiosidade de quem os encontra. Mas também podem ser uma ameaça uma vez que podem conter vírus e bactérias ainda preservados o suficiente para infectar humanos. Ou despertar alguma maldição como no caso de Otzi, a múmia encontrada também na suíça.

Estátua descoberta em 1999 e deu iníco ao programa de arqueologia glaciar. Musée d’histoire du Valais / Michel Martinez

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O Museu de História de Valais conta com a ajuda de montanhistas e aventureiros que registram a descoberta de qualquer objeto antigo no aplicativo  IceWatcher. Nos primeiros anos de trabalho foram feitas cerca de 30 descobertas, sendo muitas de restos mortais de montanhistas modernos e bombas da Guerra. No entanto, também foram registrados alguns artefatos históricos, o que leva a todos apensarem, como tais objetos foram parar em uma região tão inóspita e porque?

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Sobre o autor

Maruza Silvério é jornalista formada na PUCPR de Curitiba. Apaixonada pela natureza, principalmente pela fauna e pelas montanhas. Montanhista e escaladora desde 2013, fez do morro do Anhangava seu principal local de constantes treinos e contato intenso com a natureza. Acumula experiências como o curso básico de escalada e curso de auto resgate e técnicas verticais, além de estar em constante aperfeiçoamento. Gosta principalmente de escaladas tradicionais e grandes paredes. Mantém o montanhismo e a escalada como processo terapêutico para a vida e sonha em continuar escalando pelo Brasil e mundo a fora até ficar velhinha.

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