O despertador do celular tilinta na escuridão do quarto. Tateio na mesinha de cabeceira e aperto a tecla que o silencia. São 4 da madruga. Levanto e vou até a cozinha da pousada.
Sobre o Autor
Sabadão amanhece legal em Santa Bárbara. Após o delicioso café no hotel, regado a pãezinhos de queijo e de minuto, rosquinhas de côco, pasteizinhos de queijo e bolo de fubá, lá vamos nós, outra vez, rumo ao Parque do Caraça.
Quer lugar melhor pra curtir o feriadão do corpo de Jesus Cristinho do que buscar uma região famosa por seu espírito religioso? Pois foi pra lá que fui: Minas Gerais.
Neste findi, após dois meses sem lá pôr os pés, me mando direto e reto pra Praia Grande. Estou na ponta dos cascos, carente de adrenalina. E dessa vez, vou fazer um canionismo numa via onde me esperam duas cachoeiras com 100 m cada.
Em fase de treinamento, pra minha próxima investida nas montanhas, a ser realizada em novembro no Nepal, a bola da vez em Praia Grande é o Molha Côco, canyon que há muito eu tô de olho!
A madrugada está linda e fria (-2ºC) quando acordo para fazer xixi. Embora já minguante, a lua ilumina o campo ao redor do acampamento.
Quando acordo de madrugada pra fazer xixi (o relógio aponta, exatamente, 1 e 30), a lua cheia, num céu despejado de nuvens, realça com seu brilho prateado os cerros que circundam o acampamento, destacando-se o lindo monolito rochoso Padre Eterno.
Carmen e Enrique despedem-se de nós. Seguem outro rumo, acompanhados por Sergio. Agora, basta de descrever tanto a natureza, quero falar um pouco sobre os meus companheiros de trekking.
Desperto, invariavelmente, às 6, depois duma noite mal dormida. Passei frio, o tal saco de dormir que Kaloca me emprestou, feito pra agüentar 15º C, não é lá dos melhores. Sei lá, como meu amigo agüentou o frio quando foi escalar o Aconcágua.
Uma noite de céu estreladíssimo é a recompensa quando sou obrigada a sair da barraca, na madrugada, atendendo aos apelos da minha bexiga aflita.