Me diga com quem andas e te direi quem és. Pessoas gostam muito de julgar e rotular coisas, mas penso no ser humano como um ser um tanto quanto complexo, onde sua ação é resultado de como pensa e de como se sente, se incluirmos nisso o fato de que nem sempre temos o livre arbítrio da escolha, quanto de fato conseguimos conhecer uma pessoa apenas olhando para suas escolhas?
Sobre o Autor
No último feriado (de 15 a 17/11/2013) aconteceu, em Algodão de Jandaíra – PB, a XII edição do EENe. No EENe do ano passado estávamos administrando e organizando a casa (Serra Caiada) para a galera curtir e eu não pude aproveitar muito mas… este ano, com o EENe em casa de Paraíba (Algodão de Jandaíra) foi só curtição.
Acordei no dia 13 sentindo dor no ombro direito e achei que o dia de escalada estaria prejudicado, mas eu não podia desanimar, não no meu provável último dia de climbing na gringa. Com o sol e o calor logo o Léo e o Luca se levantaram também, preparamos nosso café da manhã na mesa mais próxima e enquanto comíamos iam chegando pessoas. Percebemos que o dono do camping não estava de brincadeira quando disse que todos os espaços estavam reservados, como em Cajón del Maipo haviam famílias interas, de avós a netos ou até mesmo grupos de “melhor” idade, e todos se divertiam.
Assim que acordamos no dia 10/12, fomos tomar nosso café da manhã e o recepcionista do Hotel nos disse que eles tinham colocado um plástico no vidro, agradecemos e fomos levar o carro em um posto de gasolina para lavar e tirar o vidro de dentro. O calor estava insuportável e não conseguíamos ficar no sol, procuramos por uma sombra enquanto o carro era limpo, o Luca brincava de lutar contra inimigos imaginários e eu e o Léo procurávamos saber onde poderíamos colocar o vidro do carro. Descobrimos que no nosso caminho (Neuquén) havia concessionária Chevrolet, então voltamos ao posto, pegamos o carro, demos um jeitinho no vidro com o saco plástico que o Hotel tinha colocado e mais uma toalha de banho e saímos.
Acordamos no dia 06/01 de manhã com um céu azul limpinho, arrumamos um farto café da manhã e fomos tomar um banho de torneira (no camping não tinha chuveiro). A água, apesar de gelada, estava muito boa, estávamos sujos do dia anterior, íamos escalar e depois seguir viagem, por isso o banho foi muito bem vindo.
Dia 03/01, desta vez acordamos mais cedo e pudemos tomar o café da manhã no hotel, que era servido no andar mais alto, com uma janelinha alta que dava vista para o telhado, onde estava morando, temporariamente, uma gaivota com seus dois novos filhotes. Enquanto a mãe voava de vez enquanto e voltava trazendo algum alimento para seus pequenos, os filhotes, mesmo com a forte neblina da manhã, ficavam muito à vontade desfilando pelo telhado com suas quentinhas plumagens.
Acordei no dia 31/12 ainda cedo para o passeio, que começava a sair às 9hs, esperei o Léo acordar e tomamos café da manhã, com a comida que tínhamos comprado no dia anterior, em uma mesa privada que ficava ao lado da barraca.
Dia 28/12 acordamos tarde tomamos um café da manhã que beirava a hora do almoço, saímos do Hotel fomos passear pela cidade. Quando chegamos a Calama pela primeira vez, vimos um Parque Público muito legal mas que, por ser noite, já estava fechado, mas hoje era o dia. Os brinquedos eram temáticos e muito interessantes, um foguete com uma escada para subir e um escorrega para descer, um vulcão com agarras para subir e uma plataforma para descer, um daqueles labirintos gigantes que faz qualquer adulto sentir vontade de ser criança nos dias de hoje, e até uns brinquedos musicais. Depois do Luca subir, descer, escorregar e fazer música das mais variadas formas, ainda haviam uns quadriciclos que a gente podia alugar para a criança andar por uma pista, ainda dentro do Parque e o Luca logo arrumou um amigo com quem apostou algumas corridas.
Dia 24/12 acordamos ainda de madrugada, com o Léo carregando as malas, o Luca dormindo no colo e algumas bagagens na mão, fomos pegar o ônibus que saia às 5h. A bagagem foi ajeitada em cima do ônibus e depois de muita organização saímos. Na viagem, em meio a cochilos, eu abria a cortina para ver a paisagem. Apesar de já estar a dias nos Andes, tudo ainda me impressionava muito e fui batendo fotos pelo caminho. Passamos pela Aduana Chilena e um pouco mais a frente paramos, na fronteira da Bolívia com o Chile, no meio do nada que e eu apelidei carinhosamente de Terra de ninguém.
Dia 20/12/2012 acordamos em Susques e tomamos nosso último café da manhã na Argentina este ano, abastecemos o carro em Jujuy e seguimos viagem. Os Andes continuavam mostrando seu majestoso perfil, com ou sem neve. Algumas montanhas multicolores, outras nevadas que pareciam chorar ou gozar, cada uma com sua característica, cada uma com sua digital. Os salares começaram a aparecer com bastante frequência e para decorar ainda mais a paisagem… habituais animais locais como lhamas, vicunhas etc.