Se no ano de 2006 alguém me perguntasse quem merecia o título de montanhista do ano, eu não teria dúvidas, o montanhista do ano seria Roberta Nunes, uma talentosa e versátil escaladora, que desempenhava bem em praticamente qualquer modalidade de escalada, fossem as esportivas das pequenas paredes do nosso campo escola de escalada no Paraná, fossem as impressionantes paredes patagônicas.
Sobre o Autor
Eu havia comentado, em um artigo anterior aqui no Alta Montanha sobre a influência que a filosofia de Thoreau teve no meu pensamento como montanhista, basicamente a noção de que os indivíduos devem desenvolver a autonomia, livre arbítrio e auto crítica apurada.
Será que esta filosofia altamente individualista serviria para um projeto que envolvesse mais pessoas? As histórias de Gandhi e de Martin Luther King mostram que sim.
Muitos de vocês já sabem que estou com um tipo raro de câncer na perna direita, que tem inibido meus movimentos. Várias pessoas amigas tem se mobilizado para me ajudar, inclusive financeiramente, pois os custos do tratamento são bem altos. Eu tenho sido apresentado como um pioneiro, um dos principais montanhistas brasileiros, ou mesmo pertencente a uma geração que modernizou a escalada em rocha, tendo introduzido novos conceitos no mundo do montanhismo.