Li todos os comentários a respeito da retirada das escadas – aliás, é muita bobagem junta, mas as vezes aparecem verdadeiras pérolas do raciocínio (obrigado Alceu de Itajaí) – aqui no Altamontanha e em vários outros fóruns onde está sendo discutido. Conversei com gente do ramo como o Natan Fabrício – Presidente da Fepam, Pedro Hauck – Geógrafo, Marcelo Brotto – Eng. Florestal e Presidente do CPM, Hilton Benke – Advogado e ontem compareci a reunião semanal do CPM para ver de perto o calor da fervura – todos “Gente de Montanha”.
Sobre o Autor
Deixando de lado a idéia romântica de salvar o mundo e se concentrando definitivamente na tarefa mais objetiva de recuperar a humanidade temos na educação a principal arma para enfrentar com liberdade um futuro que poderá sim vir a se tornar promissor. Até porque a alternativa autoritária só levou a desastres ambientais tais como Chernobyl e mar de Ural na falida União Soviética, pobreza absoluta em Cuba, barragem das 3 gargantas na China, etc.
Continuando o raciocínio expresso na coluna anterior, temos um fato; o homem não tem o poder de sozinho destruir o mundo e nem a vida no planeta. Mas pode alterar muitos aspectos do sistema assim como um animal tão primitivo como os extrematólitos já fizeram antes e também pode se autodestruir levando junto muitas outras espécies inocentes.
A mistificação ambientalista e os instrumentos para preservação ambiental são usadas como retórica vazia para o domínio político e busca incessante de poder.
O Aconcágua com seus quase 7000 metros sempre foi a estrela mais brilhante da constelação andina, mas nos últimos tempos vem brilhando cada vez menos por conta de sucessivas intervenções alheias ao “espírito de montanha” que o está empurrando pouco a pouco para transformar-se num parque turístico.
Na verdade estávamos cansados demais para fazer qualquer coisa mais pesada e queríamos apenas prolongar aquela moleza. Em cima do laço resolvemos descer até a cidade do Rio para descansar e brincar um pouco nas pedras do Pão de Açúcar. Liguei para o Hugo Fialho e a Sara, tios da Solange que moram no bairro do Catete e me convidei para o jantar. Saímos de Petrópolis no cair da noite e chegamos em Duque de Caxias na hora do rush.
Recomeçamos a encontrar os totens de pedra e mais a frente cruzamos um filete de água potável que escorre pela pedra nua. Paramos antes de cruzar um pontilhão metálico para beber e lavar as feridas. Ouvimos alguns gritos e vimos o grupo de São Paulo sinalizando do alto da crista, esperamos ali pela chegada deles e depois partimos juntos. O pontilhão de ferro com piso de madeira vence uma profunda fenda onde despenca um córrego. No lado oposto começa uma extensa escadaria com degraus de ferro chumbados na pedra coberta de barro negro.
Meu último texto postado, um simples relato da travessia da Serra dos Órgãos que escrevi em 2002, tinha por objetivo apenas dialogar com o texto também recém postado do Marcelo Brotto e oferecer aos leitores duas visões do mesmo trajeto. Mas não foi isto que se viu e sofri um ataque virulento de 8 internautas (desconsiderando os IPs repetidos) que prontamente receberam combate de outras pessoas mais sensatas. Vírus x Anticorpos e a confusão estava formada para delícia dos detratores.
Sem perda de tempo continuamos a subir pela trilha muito batida que corta a floresta em direção ao Açu. Alcançamos uma clareira onde a trilha se divide. O Pioli ficou com as mochilas na clareira observando uma grande ave empoleirada nas árvores enquanto eu, o Primata e a Juliana levamos os cantis pela variante à esquerda até cruzarmos um córrego ao lado de uma grande pedra.