Campos varridos pelo vento. Rochas cristalinas e pontiagudas emergindo do solo feito mísseis direcionados pra oeste. Vista deslumbrante separando o firmamemto do horizonte. Conceição do Mato Dentro? Cipó? Lapinha? Q nada. Esta é mais uma nova faceta dos arredores da conhecidissima Guarulhos, extremo norte da maior Metrópole da America Latina. E o point em questão é Morro do Nhangussu, serrote modesto se comparado a outras montanhas mais notórias, uma vez q sua altitude não vai alem dos 900m. Contudo, esta elevação de fácil acesso se destaca por possuir em seu largo e abaulado topo não apenas sedimentos vulcânicos similares aos da Serra do Espinhaço como tb uma bela panorâmica da cumeada q faz divisa da cidade com Mairiporã, Nazaré Paulista, Santa Isabel e Arujá. Um roteiro sussa, breve e tranquilo, ideal pruma manhã ou final de tarde pelas redondezas de Sampa.
Sobre o Autor
Já a algum tempo matutava em juntar numa pernada dois gdes points da região tida como Sertãozinho do Tietê, aquela inserida entre o planalto serrano de Biritiba-Mirim e a Rod. SP-98. Os points em questão eram a Represa Andes e o Rio Guacá, atrativos já visitados isoladamente noutras ocasiões mas q mereciam ser reunidos numa tacada só. A idéia não era nova, pois eu mesmo já conhecia gente q já havia metido as caras nessa empreitada. Contudo, nada impedia de oficializar de vez um circuito, desta vez em verso e prosa. Reunindo um pequeno grupo, fomos lá nos embrenhar no meio da mata pra mais uma pernada selvagem de respeito. No trajeto, a Cachu da Lagarta, uma represa do tamanho de 20 piscinas olímpicas e um rio tremendamente encachoeirado q culmina no Poço das Antas. Td isso perdido, no meio do mato. Um domingo de sol e calor numa travessia pauleira regada com fartura de água por td caminho.
Centro de esportes radicais próximo de Sampa q recebe muitos visitantes nos fds e feriados, Juquitiba é uma região rica em nascentes, rios e riachos, inseridos em meio a muita Mata Atlântica preservada. Como não poderia deixar de ser, seus recursos hídricos resultam numa diversidade de cachoeiras pra tds os gostos, passiveis de serem alcançadas ora de carro, bike e até a pé, com alguma determinação. E aproveitando a recente onda de calor q fomos nos refrescar em duas destas belas quedas dágua, num bate-volta sussa e descompromissado desta região repleta de atrativos escondidos na mata. E a apenas 70km de Sampa.
Altivo e imponente, o Pico do Itapanhaú destoa dos demais gdes maciços do entorno por um único detalhe: além de ser a montanha mais alta da região, seu topo é coroado por uma enorme antena, q por sua vez espeta o céu q se debruça sobre o planalto serrano de Biritiba-Mirim (Mogi das Cruzes). Tb conhecida como Torre do Itapanhaú e com feições similares à Pedra de São Domingos (MG) ou o Morro da Antena (PR), o acesso aos 1080m do seu cume é feito facilmente através duma precária e íngreme estrada de manutenção. Ou tb pode ser alcançado de forma mais aventuresca e selvagem, ou seja, mediante uma travessia de cristas sucessivas, partindo do alto da Pedra do Sapo (990m). É a Travessia Sapo-Itapanhaú, q descortina um visual arrebatador desta zona erma e pouco freqüentada dos paulistanos.
Nem só de serras escarpadas e íngremes vive o andarilho determinado. Contrastando com seus fundos e abruptos vales, a aparente horizontalidade do planalto q antecipa os gdes desníveis pro litoral tb propicia td sorte de pernadas. Basta apenas saber onde enfiar as caras.
Situado no longicuo bairro da Terceira, em Biritiba-Mirim, uma gruta com salão de 50mts quadrados desperta a atenção não apenas por suas características intrínsecas como tb pelo seu nome pitoresco.
É a Gruta do Disco Voador, uma enorme lapa situada ao sopé duma gigantesca rocha – supostamente com formato de disco-voador – q além de possibilitar atividades supostamente espeleológicas favorece tb a prática dum rapel negativo de 20m de altura.
Há tempos q o Nando comentava comigo suas intenções exploratórias dum rio selvagem na Serra do Mar santista q, por algum motivo qq, terminava sempre sendo adiada. Até agora. Como água mole em pedra dura, ele finalmente me convenceu em acompanhá-lo numa investida pelos tortuosos meandros do ribeirão Cubatão de Cima.
O Rio Caetê é um dos vários cursos dágua q despencam da verdejante muralha da Serra do Mar e rasgam a Área Continental de Santos, justificando seu nome q, em tupi-guarani, significa “mato grande”. Aproveitando uma dica soprada durante a visitação do Rio Cabuçu, localizado paralelamente no mesmos etor, fomos desta vez não apenas conferir este belo ribeirão, como tb nos refrescar numa simpática e pouco conhecida cachoeira. De facílimo acesso e bastante próxima da rod. Rio-Santos, a Cachu Caetê (ou Cachu do Morro, como tb é conhecida) é ótima pedida prum domingo de sol. Programa rápido q pode ser emendado com algum outro roteiro próximo. Q no nosso caso foi a rústica Praia do Góes, no Guarujá.
O Rio dos Macacos é o maior tributário do Rio Mambu, situado entre os municípios de Embu Guaçu e Itanhaém, as margens do Núcleo Curucutu do P E Serra do Mar. Além de suas águas abastecerem a majestuosa Cachu do Funil, o Rio dos Macacos notabiliza-se principalmente por cavar um estreito cânion durante td seu trajeto até sua foz. E foi justamente este imponente desfiladeiro, q atende pelo nome de Vale do Preguiça, q acabamos palmilhando na tentativa de aceder à Cachu do Funil por sua vertente leste. O resultado da empreitada foi um circuitão q desceu td um afluente do Macacos até o fundo do vale, percorreu um trecho considerável deste cânion virgem até seu vértice, na Cachu do Funil, e finalmente retornou por sua picada oficial. Um circuitão casca-grossa com escalaminhada, vara-mato, pernoite improvisado, chuva e mto frio q sequer arranhou parte dum cânion q decerto nunca teve pés aos sopé de seus imponentes paredões.
Montanha imponente que se destaca soberana na paisagem de quem trafega pela BR-376, na divisa PR-SC, a Pedra Branca de Araraquara só é comparável ao Corcovado de Ubatuba (SP) e a Pedra do Frade (RJ) em beleza, grandiosidade e proximidade ao mar. Contudo, difere destes picos apenas por ser um maciço desgarrado do planalto e não ter um topo rochoso ou descampado. Ainda assim, as características da conquista dos 1230m de seu escarpado cume são bem similares a estes picos mais notórios. Pernada curta, porém exigente e pouco freqüentada, este majestuoso maciço pode ser vencido até mediante árduo bate-volta. Ou fazer quiném a gente: utilizando dois dias com pernoite no alto, saboreando sem pressa suas largas vistas e vastos horizontes, q se estendem desde a Baia de Guaratuba até a enorme muralha da Serra do Quiriri.