Concessão do Pico Paraná, Marumbí e Anhangava para iniciativa privada
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Intimados pela Professora Lucila Sgarbi, uma das proeminentes figuras responsáveis pelos encontros internacionais e brasileiros de Bom Jesus (RS), reunindo…
Resenha anual dos acontecimentos do montanhismo paranaense do Jantar da Montanha
Transcrição da palestra proferida por Henrique (Vitamina) Paulo Schmdlin na sede do Clube Paranaense de Montanhismo. Colaboração de Eliel Kael.
Como as boas excursões, esta teve uma longa história. Há vários anos escutávamos o Vitamina comentar: Ferraria? Isto é com vocês. Referia-se a algum passeio que supostamente alguém do CUME fizera ao Ferraria, em tempos imemoriais.
Nos esportes alpestres da porção costeira do Paraná, ocorrem freqüentes assédios privilegiados. Por exemplo, temos a fase Marumbi, seguida do Pico Paraná, vindo depois o Prata, mais tarde o Farinha Seca, modernamente o Ciririca e recentemente o Arapongas, constituído por um grup de designações de aves canoras regionais. Região hoje reservada à elite dos exploradores ambientalistas, cuja presença se faz necessária no afã de coibir a figura terrível do palmiteiro clandestino.
Difícil dimensionar as possibilidades de exploração, estudos, esporte e cultura da nossa Serra do Mar. Observemos o caso do Marumbi que dispõe de registro escrito de trabalhos e atividades que vem desde 1879, sem falarmos das trilhas pré cabralinas até hoje utilizadas para o trekking.
Esta leitura revela detalhes importantes de como era feita a marcha de aproximação do Pico Paraná; caminhada mínima de 25 quilômetros. Por isto uma escalada para aquelas bandas exigia quatro dias, pois o retorno era feito por Cacatú (porto fluvial), com serviço regular de barco de passageiros. Uma vez em Antonina, havia a opção de trem ou do ônibus, pelo Expresso Azul.
Entre Ariri (SP) e Guaraqueçaba (PR), no caminho das comunicações do Império, três dias de esforço. O limite é a resistência. O desafio é chegar.