Um grupo de alpinistas de várias nacionalidades que fazia a escalada do K2, a segunda montanha mais alta do mundo situada na região do Karakoram, Himalaia, foi atingido ontem por uma avalanche.
A expedição era composta por 18 alpinistas, de diferentes nacionalidades, coreanos, paquistaneses, nepaleses, um holandês e um italiano.
Pelo menos cinco deles perderam a vida e oito continuam desaparecidos. Esta manhã, devido a uma melhoria do tempo, um dos alpinistas, o holandês Wilco van Rooijen, foi resgatado.
O acidente ocorreu na sexta-feira, quando os alpinistas desciam o K2, mais precisamente no local conhecido por Gargalo de Garrafa, uma passagem estreita a 8200 metros que os alpinistas deveriam atravessar com a ajuda de cordas. Várias equipes estavam na montanha nessa altura e a expedição sul-coreana fazia a descida depois de chegar ao cume da montanha no Norte do Paquistão, perto da fronteira com a China.
Eles estavam regressando do cume quando foram atingidos por uma avalanche no Gargalo de Garrafa, contou Ghulam Mohammad, responsável pela empresa Blue Sky Travels and Tours.
O Exército paquistanês está indeciso sobre o risco de enviar um helicóptero numa missão de resgate devido às perigosas condições na montanha. Ainda vamos discutir as possibilidades de uma operação de resgate, porque o acidente ocorreu em uma altitude muito elevada, contou o porta-voz do Exército na região, Farooq Firoz.
O K2, com 8,6 mil metros de altitude, é considerado por muitos como o pico mais difícil de escalar no mundo.
A taxa de mortalidade para os que se arriscam a subir a montanha é de 27%, três vezes maior do que o índice de fatalidade do Everest, o mais alto do mundo.
As informações foram confirmadas pelo alpinista basco Alberto Zerain, que escapou da tragédia, a uma rádio do País Basco.
