Dizem que uma fruta não cai longe do pé e que filho de peixe peixinho é! O montanhismo também é um esporte e um estilo de vida muitas vezes passado de pai para filho. E ai esta Simon Messner , filho de Reinhold Messner para confirmar isso.
No dia 26 de julho, ele e o escalador Martin Sieberer conquistaram o Black Tooth com 6.718 metros no Paquistão. Esse é o seu segundo pico virgem que ele escala nessa expedição ao Karakorum. Alguns dias antes ele também fez a primeira ascensão ao Toshe III com 6.200 metros em solo próximo a Nanga Parbat. Essa região marca a vida da família Messner, tanto pelas conquistas de Reinhold Messner quanto pela tragédia da morte de Günther Messner.
Eles se instalaram o campo base a cerca de 4.500 metros e de lá partiram para o Campo 1 a 5.800 metros e chegaram ao cume no segundo dia. O tempo estava instável e a montanha era totalmente desconhecida, mas os dois resolveram arriscar e conseguiram vencem essa montanha. Também participou da expedição o escalador Philipp Brugger porém ele passou mal e não pode subir essa montanha.
“Estava nevando o dia todo e tivemos visões muito ruins. Como nós deixamos nossa barraca para trás – porque de qualquer forma o terreno era muito íngreme e nós precisávamos minimizar peso – nós sabíamos que teríamos que descer a montanha no mesmo dia ou noite e evitar ser pego pelo tempo ruim. Era uma grande aventura!”, relatou Simon Messner em seu perfil em uma rede social.
Seu Parceiro Martin Sieberer também se pronunciou sobre a aventura: “Durante a maior parte da ascensão, tivemos que escalar rápido e em free solo. Escalada em solo foi justificada no início da manhã devido a grandes quedas de rochas e aumento das temperaturas”.
O filho do Mestre
Quando criança Simon Messner manteve o interesse por montanha bem longe de si e tinha até medo de montanha. Ele fez suas primeiras montanhas com cerca de 15 e 16 anos. Depois de adulto se tornou biólogo molecular, mas deixou o laboratório para trabalhar com o pai na produtora Messner Mountain Movie.
Atualmente com 29 anos de idade, ele não é tão famoso e ousado quanto seu pai, mas possuí inúmeras montanhas em seu currículo com diversas conquistas em vias de rochas e gelo por todo o mundo.
“Eu me considero um alpinista e, portanto, comprometido com uma longa tradição. Não é sobre números, dificuldades ou tempos. O montanhismo, acima de tudo, produz experiência que não é mensurável nem comparável. Cada rota feita é única! Para entender o alpinismo, é preciso experimentar e viver ele”, comenta.