Busca de câmera pode revelar quem escalou o Everest primeiro

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Examinando fotos aéreas, um pesquisador acredita ter encontrado o local do corpo do inglês Andrew Irvine que desapareceu junto ao seu companheiro George Mallory em 1924. O corpo de Mallory foi recuperado em 1999, mas Irvine, quem carregava a câmera e pode revelar se eles chegaram ou não ao cume, jamais foi encontrado.


Cronologia dos fatos:

1921: Expedição de reconhecimento e mapeamento da região do Everest
1922: Primeira tentativa ao Everest. Alcançados 8225m
1924: Segunda tentativa ao Everest. A altitude máxima alcançada fica desconhecida e Mallory e Irvine desaparecem
1933: Wynn Harris, membro de expedição britânica, encontrou a piqueta de Irvine e um cilindro de oxigênio a 8460m
1953: Edmund Hillary e Tenzing Norgay alcançam o cume do Everest
1960: Membro da primeira expedição pelo lado norte desde 1933, Xu Jing, acredita ter visto um corpo com num saco de dormir. Especialistas acreditam que a descrição do corpo se encaixa com a de Irvine
1975: Wang Hongbao, membro de uma expedição chinesa jura ter visto um “inglês morto” a 8100m
1986: Expedição de 30 homens sai em busca dos corpos desaparecidos, porém não consegue passar dos 8100m devido ao mau tempo
1999: Outra expedição de busca aos corpos é iniciada e no primeiro dia de buscas, o americano Conrad Anker, encontra o corpo de Mallory a 8165m
2003: Doring Chhiring Sherpa, de uma expedição japonesa, afirma ter visto o corpo durante uma descida alternativa pela franja amarela
2010: O pesquisador Tom Holzel acredita ter encontrado o local do corpo examinando fotos aéreas

A meados de janeiro de 2010, Tom Holzel, do Andrew Irvine Search Committee, acredita ter encontrado o local do corpo de Andrew Irvine examinando fotos detalhadamente. Holzel usou fotos aéreas de alta resolução tiradas em 1984 por um avião suíço, como parte de um levantamento fotográfico organizado pela National Geographic.

Baseado nos relatos de um chinês – que afirmou ter avistado o corpo em 1960 – o pesquisador afunilou a vasta área de pesquisa e conseguiu identificar um objeto convexo das dimensões de um homem e que se encaixam com 2 descrições do cenário de onde estaria o corpo.

Segundo Holzel, a principal dificuldade nas suas pesquisas é determinar a área de busca. Pesquisas aleatórias de campo provaram ser ineficientes e desde 99, quando o corpo de Mallory foi encontrado, ninguém sequer encontrou vestígios de Irvine ou de sua câmera.

Para afunilar a sua pesquisa, Tom Holzel usou fotos da expedição de 1933 e seu ponto de partida foi o local onde a piqueta de Irvine foi encontrada. Examinando fotos mais recentes na área onde ele acreditava ser a posição do corpo, Holzel encontrou um objeto que começou toda a agitação.

Tudo poderia porém ser uma ilusão de ótica, e a foto deveria ser comparada com outra foto de alta resolução para confirmar a posição e formato do objeto. A Andrew Irvine Search Committee teve que comprar as fotos do levantamento aéreo de 1984 e foi só assim que eles conseguiram comparar as imagens. Um microscópio teve que ser adaptado para examinar os negativos.

Comparando com as imagens do levantamento de 1984, o pesquisador está confiante que o objeto é realmente algo que não pertence à montanha. Segundo ele porém, vai levar “muita neve e crampons” para descobrir a verdade de uma das maiores dúvidas no montanhismo.

Fonte: VelocityPress

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Texto publicado pela própria redação do Portal.

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