As buscas pelo alpinista paraibano Josenildo Correia da Silva, desaparecido há duas semanas na Argentina, continuarão mesmo com o fechamento do parque do Aconcágua para turistas. De acordo com a assessoria do Itamaraty, a temporada de visitas ao monte acaba nesta quarta-feira (20) por conta das mundaças climáticas do local com a chegada do outono, mas o consulado do Brasil em Mendoza, pronvíncia onde está localizado o Aconcágua, conseguiu manter as buscas após negociar junto à Guarda Florestal argentina.
Ainda conforme o Itamaraty, apesar do desaparecimento ter acontecido há duas semanas, o nível de alerta máximo das buscas continua vigorando. Segundo normas da Guarda Florestal de Mendoza, o nível do alerta muda com o passar das semanas. Teoricamente o alerta nesta quarta seria laranja, mas por conta do consulado brasileiro o alerta permaneceu em vermelho.
A esposa de Josenildo, Alessandra Pereira, qua viajou para Mendoza na última quarta-feira (13) para acompanhar as buscas de perto, informou ao G1 que sua permanência no local seria de apenas uma semana, com retorno previsto para esta quarta-feira (20). Antes de partir para o Aconcágua, Alessandra Pereira se mostrava otimista.
“Não vou abandonar as buscas enquanto eu não tiver uma explicação, enquanto essa história não for esclarecida. Quero conversar com todos que estavam quando se perderam dele. Não vou desistir”, explicou à época.
Desaparecimento
Josenildo Correia da Silva desapareceu na última quarta-feira (6) quando tentava chegar ao topo do Monte Aconcágua, com outros quatro brasileiros, sendo três paulistas e um mineiro. Segundo o empresário paulista Paulo Cesar Bussamara, que fazia parte do grupo, as condições climáticas no monte estavam difíceis e a equipe foi se desfazendo aos poucos.
O objetivo da expedição, conta o empresário, era chegar ao cume do monte Aconcágua, que tem quase 7 mil metros de altitude. “Josenildo estava muito obstinado em chegar ao topo. Ele disse que desta vez não tinha ido ao Aconcágua de brincadeira”, afirmou Bussamara.