Começaram ontem as obras de recuperação do caminho histórico do Itupava. O caminho, que preserva um pouco da história da colonização paranaense, é uma antiga trilha jesuíta de 22 quilômetros, construída em 1625 para ligar o interior ao Litoral do estado. Além das paisagens naturais, os visitantes podem contemplar as belezas construídas pelo homem, como o Santuário de Nossa Senhora do Cadeado e a Casa do Ipiranga.
O Caminho do Itupava foi interditado para visitação após o episódio catastrófico das chuvas dos dias 11,12 e 13 de Março deste ano, que ocasionaram a queda de pelo menos 26 árvores, na conta de Tarcísio Mossato Pinto, presidente do Instituto Ambiental do Paraná IAP.
Por conta da queda das árvores e do acúmulo de lama, o IAP decidiu no dia 06 de Abril, interditar o caminho por 90 dias, até que fosse possível desobstruir a trilha e oferecer segurança ao caminhante. A interdição, no entanto, durou 135 dias até ontem, o dia em que começaram os trabalhos para a recuperação do caminho.
Tal demora causou atritos com os freqüentadores do caminho, pois além de extrapolar o prazo inicial de 90 dias, ainda impediu que turistas e excursionistas pudessem freqüentar o Itupava durante a alta temporada, que é o inverno. De acordo com Lothário Horst Stoltz Junior, gerente do parque Marumbi, uma das Unidades de Conservação cortadas pelo Caminho do Itupava, a demora na recuperação da trilha se deveu ao fato das empresas aptas a realizar o serviço não se interessarem pelo edital em um primeiro momento. Além deste fato, a própria burocracia em realizar editais de concorrência também tornou o processo mais lento.
O caminho continuará interditado até que se finalize o trabalho de recuperação, que levará de 40 a 90 dias, dependendo das chuvas que ficam mais freqüentes na Serra do Mar a partir de Setembro.
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