Acho o assunto da extinção das espécies extremamente doloroso. Gostaria que todas elas pudessem continuar convivendo conosco. Muitas foram extintas antigamente por razões naturais, ligadas ao meio ambiente. Mas as extinções mais recentes são ainda mais cruéis – foram principalmente causadas pelo homem. Ao longo destas colunas, você irá encontrar vários relatos a respeito, começando pela exótica megafauna.
Mostrando: Colunistas
Os últimos anos foram ano que me dediquei bastante ao montanhismo e 2016 não foi diferente.
A menos de 20km de Londrina, o Parque Estadual Mata dos Godoy preserva um dos poucos fragmentos que restaram da floresta nativa, abrigando inúmeras espécies de plantas e animais. Parte integrante da antiga Faz. Sta Helena, de propriedade da família Godoy, hoje o PEMG é um dos maiores pontos turísticos da cidade, reconhecido como maior patrimônio natural norte paranaense. Como apenas 10% do parque é liberado a visitação (relatado noutra ocasião), desta vez fui percorrer parte dos 90% restantes numa puxada travessia de 20km que singrou seu quadrante oeste e teve de tudo: estrada de chão, trilha, banho em cachoeira, subida de rio, perdidos e muito rasga-mato. Pernadinha de responsa nesta pouco conhecida unidade de conservação situada no Terceiro Planalto Paranaense.
Muitas foram as extinções em massa que nosso planeta sofreu algumas devastadoras e outras restritas. Estas extinções costumam acelerar a evolução da vida, ao eliminar espécies dominantes e permitir a irradiação de espécies sobreviventes. É por isso que a vida sempre continuou depois delas. Pelo menos por enquanto.
Muitos de vocês já sabem que estou com um tipo raro de câncer na perna direita, que tem inibido meus movimentos. Várias pessoas amigas tem se mobilizado para me ajudar, inclusive financeiramente, pois os custos do tratamento são bem altos. Eu tenho sido apresentado como um pioneiro, um dos principais montanhistas brasileiros, ou mesmo pertencente a uma geração que modernizou a escalada em rocha, tendo introduzido novos conceitos no mundo do montanhismo.
Já vi gente no cume faz tempo, mas não sei de onde sai a trilha não!, respondeu um tiozinho quando indaguei do acesso aquele morro bonito e proeminente, vizinho do maciço principal da Serra do Mursa. Foi o que bastou pra estudar o possível acesso daquela elevação respeitável, porém desgarrada, da maior vedete natureba de Várzea Paulista (SP). Me refiro ao Mursinha, morrote selvagem e menos visado pelos andarilhos que percorrem sua serra mais ilustre. Mas o que a maioria desconhece é que a trilha é relativamente fácil, e demanda menos de hora de caminhada num caminho fechado. Mas o esforço vale a pena: vista privilegiada do alto dos 1020m do patinho feio da Serra do Mursa. Programinha rústico ideal prum domingo sem programação.
Você pode conferir uma outra história anterior também passada na Bolívia, ela narra minha tentativa no Condoriri, uma bela montanha na Cordilheira Real.
Esta é a segunda das montanhas que vi pela primeira vez nos altos do planalto de Itatiaia. A outra foi o Garrafão, assunto da primeira coluna desta série sobre o sul de Minas. Essa agora será a última – vou parar por enquanto de escrever sobre esta região. Até que visite outra de suas montanhas.
São Roque é uma estância turística localizada no interior do Estado de São Paulo, distante cerca de 60km da capital. Conhecida como a Terra do Vinho por abrigar várias adegas, a cidade tem atrativos naturebas que vão além do tradicional Morro do Saboó, sua elevação mais conhecida. Estive por lá dando rolês em duas ocasiões, e em condições distintas: ora prestigiando as generosas panorâmicas do alto do Morro do Cruzeiro, acessível por trilha bem sussa; ora me refrescando nos poços e quedas dos vales situados a nordeste do município, como a Cachu do Macaco e o Poço da Capela. Dois momentos distintos nos altos e baixos de São Roque, passeios ideais prum final de semana de bom tempo.
Leia a seguir sobre uma serra um pouco distante, numa região de onde partem travessias por terras altas, e sobre uma montanha que por muitos anos quis conhecer, por formar um conjunto misterioso de três pirâmides.