Um estudo realizado pela montanhista Giselle Saraiva de Melo foi divulgado essa semana e mostra as principais características dos montanhistas brasileiros. O Censo Montanhismo 2020 conta com quase três mil participantes praticantes de montanhismo, escalada, canionismo, rapel, highline e outras atividades outdoor.
De acordo com ela “a ideia de fazer um novo censo do montanhismo nasceu no final de 2018 durante a organização da Abertura da Temporada de Montanhismo de Minas Gerais (@atmminas), uma vez que não havia nenhuma informação de público para passar aos potenciais patrocinadores”.
Assim ela coletou dados via internet entre 06/12/2020 e 31/01/2021 e fez um relatório completo do Censo Montanhismo 2020 que contém a análise descritiva dos resultados. Ela também utilizou dados de outras pesquisas feitas em anos anteriores para a comparação.
O primeiro censo foi realizado em 1998 por Marcelo Sá; o segundo, iniciado final de 2005, por Vitor Beal; Davi Marski foi o terceiro idealizador, em 2009; a quarta iniciativa, porém, pouco conhecida, foi a de Leonardo Xavier, em 2010, que foi uma pesquisa psicossocial e o quinto e último censo realizado, foi em 2015 por Victor Carvalho.
Resultados do Censo Montanhismo 2020
O Censo Montanhismo 2020 perguntou ao participantes as principais informações pessoais e também dados sobre a pratica de atividades em montanha. “De acordo com os dados levantados, o perfil geral do montanhista respondente é predominantemente formado por homens (69,93%), brancos (73,81%), entre 31 a 40 anos (41,81%), casados (45,33%), que vivem na região Sudeste do Brasil (63,20%), com graduação completa (57,09%)”, analisou Giselle.
O estudo mostra ainda que a maior parte dos montanhistas se dedicam à pratica da Escalada/Bouldering (42,91%) e Caminhada/Excursionismo (52,65%), há mais de 5 anos (55,46%), e consomem informações de canais de internet e sites, usuários de Facebook, Instagram, Youtube.
Uma menina de nove anos e um garoto de 14 foram os participantes mais novos da pesquisa. Os mais velhos foram uma mulher de 72 anos e um homem de 90 anos. Ao comparar os dados da pesquisa atual com anteriores, Giselle também identificou o aumento do público feminino na pratica dessas modalidades.
Em relação a pratica da escalada foi possível observar que as modalidades mais praticadas são: escalada esportiva, tradicional, indoor dentre outras com 87,95% dos participantes, o desempenho geral fica concentrado entre 5º e 7ograu ou V1 a V4 para praticantes de Bouldering.
O Censo Montanhismo 2020 também perguntou informações sobre lesões ocorridas durante a prática dessas atividades e como cada montanhista busca se preparar, destacando que a maioria das pessoas procuram cursos de Primeiros Socorros, de Escalada e de Montanhismo Básico.
No entanto Giselle reconhece que sua pesquisa não atingiu a totalidade de praticantes dessa atividade no Brasil e espera que nos próximos estudos haja uma participação maior dos montanhistas. “Longe de exaurir as discussões sobre o tema, espera-se que o Censo Montanhismo 2020 inspire e apoie outras iniciativas semelhantes para ampliarmos, cada vez mais, o conhecimento sobre a comunidade montanhista”, disse ela.
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1 comentário
Essa ideia do censo montanhismo muito.nos ficamos mais informados com isso nos dá uma ideia de proteção assim percebemos que o mundo observa nossas travessuras rses….