O montanhista Janusz Adam Adamski é o protagonista da polêmica da vez no Himalaia. O polonês de 49 anos realizou uma travessia ilegal no Everest nesta temporada de pré monção. Adamski escalou a montanha mais alta do mundo pelo lado norte, na China, porém resolver descer pelo lado Sul, no Nepal, sem ter permissão. O montanista se defendeu, publicando uma nota para o Jornal Himalayan Times de Kathmandu:
“Estou pronto para enfrentar qualquer processo legal no Nepal para proteger a maior conquista da minha vida, nunca vou me arrepender do que fiz. Como não há nenhuma possibilidade de emissão de permissão transversal em ambos os países, eu tive que atravessar ilegalmente para realizar meu sonho de vida”.
Janusz, no entanto, não sabia que ao realizar o sonho dele, estaria prejudicando o sonho de outras pessoas que tinham expedições marcadas para Setembro e Outubro deste ano. Após a revelação da travessia ilegal, o governo da China decidiu fechar o país para escaladas este ano, mantendo apenas 50 permissões para o Cho Oyo.
Além desta consequência, o montanhista polonês recebeu uma multa de 22 mil dólares do governo do Nepal que também o proibiu de escalar por 10 anos no país.
Defensores de Adamski dizem que o governo chinês não proibiu as escaladas por causa do polonês. De fato, nos últimos anos a China tem restringido cada vez mais as expedições no Tibet, província rebelde ocupada pela china desde 1950. Beijing sinaliza que não deseja ter muitos estrangeiras nas montanhas tibetanas.
As principais montanhas do Tibet são, além do Everest, o Cho Oyo, considerada a montanha com mais de 8 mil metros mais acessível do mundo e o Shishapangma a décima quarta montanha mais alta do mundo.