Três das 14 montanhas acima de 8 mil metros estão localizadas no Tibete, território controlado pela China. Assim, é o governo chinês que determina a abertura, o fechamento e as regras de escalada nas faces norte do Everest (8848m), do Cho Oyu (8188m)e do Shishapangma (8013m).
Após um longo período de acesso restrito e incerto a essas montanhas, o governo chinês liberou a escalada. No entanto, as autoridades exigem que os montanhistas comprovem experiência prévia em pelo menos uma montanha acima de 7 mil metros.
A comprovação de experiência também é válida para montanhas de altitudes menores. Para escalar uma montanha no Tibete, o montanhista deve comprovar experiência em uma montanha com pelo menos mil metros a menos. “Um alpinista que vai escalar montanhas de 6.000 metros deve fornecer um certificado de escalada de mais de 5.000 metros”, diz o documento emitido pela Associação de Montanhismo China-Tibete (CTMA).
Além disso, passa a ser obrigatória a contratação de um guia profissional para cada montanhista e o uso de oxigênio suplementar acima dos 7 mil metros de altitude. Essa regra pode atrapalhar os planos de montanhistas que pretendem escalar as 14 montanhas acima de 8 mil metros sem o uso de oxigênio suplementar.
As próximas escaladas
O nepalês Nirmal Purja precisa escalar apenas o Shishapangma para se tornar o montanhista mais rápido a completar o projeto dos 14×8000 sem oxigênio. No entanto, com a nova exigência chinesa, não se sabe se ele infringirá a regra ou solicitará uma autorização especial.
Por outro lado, Nima Rinji Sherpa que está preste a se tornar a pessoa mais jovem a escalar os 14×8000 com a escalada do Shishapangma já está a caminho do acampamento base da montanha. “Agora, estou prestes a concluir meu projeto sob #sherpapower , tornando-me a pessoa mais jovem do mundo a chegar ao topo de todos os 14 picos com apenas 18 anos”, contou em suas redes sociais.