Cinco montanhistas russos falecem em escalada no Dhaulagiri

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Os corpos de cinco montanhistas russos foram encontrados a 7.100 metros de altitude no Dhaulagiri, em 08/10. Localizada no Nepal, esta é a sétima montanha mais alta do mundo, com 8.167 metros de altitude.

Dhaulagiri a sétima montanha mais alta do mundo. Foto: Sergey Ashmarin

O Departamento de Turismo do Nepal concedeu 14 permissões para estrangeiros escalarem o Dhaulagiri neste outono, todos de origem russa ou bielorrussa. Eles pretendiam escalar a montanha em estilo alpino, sem oxigênio suplementar e sem Sherpas. No entanto, apenas Denis Aleksenko e Artsiom Tsentsevitski alcançaram o topo da montanha, enquanto os cinco outros desapareceram durante o ataque ao cume.

A equipe completa com os guias antes da expedição. Foto: IAM Trekking & Expeditions

Os montanhistas durante a escalada. Foto: Alexander Dusheyko

Os cinco montanhistas estavam desaparecidos desde o dia 06/10, quando partiram do Acampamento Alto em direção ao cume. O líder do grupo, Alexander Dusheyko, acompanhado por Oleg Kruglov, Vladimir Chistikov, Mikhail Nosenko e Dmitrii Shpilevo, fez o último contato com a base às 11 horas desse dia. Um sexto integrante, Valerii Shamalo, que também tentava o cume nesse dia, desistiu da escalada e retornou para o Acampamento 1, onde foi resgatado.

Ainda não se sabe o motivo das mortes, mas acredita-se que tenham ocorrido devido ao mau tempo ou a uma queda de cerca de 400 metros. Segundo o vice-superintendente de polícia Bharat Shrestha, uma equipe policial e alguns sherpas sobrevoaram a região onde os russos foram avistados na tentativa de recuperar os corpos. No entanto, o mau tempo e o terreno irregular impediram o pouso e impossibilitaram a recuperação dos corpos.

Vladimir Peresedov, que também fazia parte do grupo dos 14 montanhistas russos, prestou uma homenagem a seus amigos em sua rede social. Ele sofreu uma lesão no joelho e foi evacuado da montanha em 05/10.

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Sobre o autor

Maruza Silvério é jornalista formada na PUCPR de Curitiba. Apaixonada pela natureza, principalmente pela fauna e pelas montanhas. Montanhista e escaladora desde 2013, fez do morro do Anhangava seu principal local de constantes treinos e contato intenso com a natureza. Acumula experiências como o curso básico de escalada e curso de auto resgate e técnicas verticais, além de estar em constante aperfeiçoamento. Gosta principalmente de escaladas tradicionais e grandes paredes. Mantém o montanhismo e a escalada como processo terapêutico para a vida e sonha em continuar escalando pelo Brasil e mundo a fora até ficar velhinha.

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