SÃO FRANCISCO XAVIER
Depois de muito ti-ti-ti e inevitáveis promessas (“Eu vou! Póconta comigo!”) q invariavelmente não passam de promessas, o enorme grupo inicial limitou-se a apenas eu, Ronald e Sergio. Melhor assim: unido e coeso, a pernada rende bem mais! Assim sendo, as 7hrs nos encontramos no Metrô Belém e imediatamente partimos p/ São Jose dos Campos com perspectiva de bom tempo embora estivesse nublado claro. Ronald pisou fundo e assim chegamos em SJC as 8:30, e logo após em Monteiro Lobato. Nauseado pelo trajeto sinuoso – e em alta velocidade – em meio à morraria do Vale do Paraíba, dou bênção à Deus qdo chegamos no distrito de São Francisco Xavier, pontualmente 9:20! A cidadezinha tem um velho ar de povoado do interior, uma mistura de rusticidade e simplicidade localizadas a 700m de altitude.
Deixamos o carro na simpática e pouco movimentada pracinha central, tomamos um rápido café na padoca e partimos pra pernada. Da pracinha basta se guiar pelas placas “Joanopolis – Cachoeiras” q logo estamos na saída da pacata cidade, já em estrada de terra poeirenta. Dose é agüentar veículos jogando td pó sobre vc… Não dá nem 10min na estrada ate chegar numa bifurcação, mas a boa sinalização (“Monte Verde por trilha) nos leva pra direita, isto é, pra noroeste, serra acima. Não tem erro, basta seguir pela estrada – agora em acentuado aclive – ignorando as saídas laterais.
A medida q ganhamos altura, serpenteando colinas desnudas e nos afastando cada vez mais do distrito, o cheiro de eucaliptos e a suave brisa refrescam nossos corpos molhados. Felizmente, bicas abundam em td trajeto, assim como muitas pausas são necessárias pra retomada de fôlego. As 11hrs (a 1100m e 5km do distrito) chegamos no final da estrada, na Fazenda Monte Verde, onde se encontra a porteira de onde parte a trilha propriamente dita, já longe das ultimas fazendas de gado. Pausa maior p/ lanche, lógico! O tempo teima em permanecer nublado claro, e olhando o alto da serra pode-se ver q o topo da serra totalmente tomado por nuvens.
SUBINDO PELA TRILHA DO JORGE
Após a porteira tem inicio à “Trilha do Jorge” (não me pergunte o motivo), normalmente trafegada pelos locais de ambos os distritos. Subimos suave e sinuosamente pela chamada Crista da Serra, onde o som constante de água, a algazarra dos periquitos e a exuberante Mata Atlântica – traduzida em gdes arvores, cipós, bromélias, framboesas selvagens e samambaias nas margens – encobrem de fato os últimos sinais de civilização.
O trilho é largo, mas eventualmente se estreita, revelando indícios de uma estrada abandonada, tomada por mato alto e rasteiro, hj bastante erodida pelo tempo. Marcas deixadas outrora por rodas deram origem a enormes sulcos e valetas abertas pelas águas das chuvas. Ainda no caminho, troncos caídos, buracos traiçoeiros, pedras soltas e escorregadias apenas redobram nossa atenção e tornam nossa subida mais adrenada, alem de cansativa. A mata densa eventualmente permite algum vislumbre da paisagem p/ logo em seguida tornar a se cobrir de verde. Porem, lá pelas 12:20 e após muito ziguezague íngreme, uma pausa p/ descanso e contemplação da paisagem, q agora se abre totalmente, mas desta vez quem não permite são as nuvens, emoldurando tudo de fino (e frio) nevoeiro.
Quase 13hrs deixamos as nuvens lá embaixo p/ agora caminharmos literalmente acima delas, com perfeito visu do topo das serras verdejantes ao nosso redor e do selado a ser atingido! No caminho encontramos um grupo escolar, um casal e um jovem, sinal de q a aventura é possível p/ qq um com boa disposição. Desta forma, as 13:10 e 5km desde a fazenda, alcançamos o já mencionado selado na crista da serra (Serra dos Poncianos), onde há uma bifurcação em meio à campos de altitude, caracterizado por arvores menores e vegetação arbustiva compacta.
Estamos a 1800m de altitude (1080m de desnível desde SFX!!!) e a lógica da bifurcação é assim: à direita desce p/ Monte Verde, e p/ esquerda vai dar num Mirante, no alto da serra. Fomos pro Mirante (ou Pda da Onça), claro, e já logo no inicio da trilha topamos com um discreto marco de cimento (do IBGE) indicando a divisa MG/SP. A trilha aqui é bem estreita e a mata é alta, arranhando pernas desprotegidas, p/ logo mais adiante tornar-se escorregadia e íngreme. Mas isso é por pouco tempo pq em menos de 20min chegamos no tal Mirante, onde havia uma moçada acampada no amplo gramado do topo. Pausa p/ mais um relax merecido e curtição do visu dos alto dos 1950m: do lado paulista, um tapetão de nuvens cobria toda a extensão visível do Vale do Paraíba, já o lado mineiro estava perfeitamente claro e limpo, podendo-se apreciar muito bem as montanhas da larga crista.
DESCENDO PRA MONTE VERDE
Voltamos à bifurcação e damos inicio à descida p/ Monte Verde quase 14:15. Estamos em terras mineiras, mais precisamente no distrito de Camanducaia, e a trilha já não é tão larga qto do lado paulista, sendo + estreita e c/ mata + fechada. No entanto, o fato de ser descida é sempre bem-vindo. O curioso é q a água aqui é rara, encontrada apenas em 2 ptos. No percurso, muitos troncos caídos, de todos tamanhos, provavelmente pra evitar o transito de motos. Há também longos trechos cobertos de carafás – um tipo de bambuzinho de caule fino – q formam camarachões naturais q se avultam em verdadeiros túneis vegetais. Felizmente boa parte esta roçada, mas em alguns trechos somos obrigados a nos curvar repetidas vezes. A esta altura o sol brilha com td sua força e o céu esta totalmente azul e limpo.
Logo, a abundancia de folhas úmidas no chão anuncia q estamos chegando no “Vale dos Duendes”, onde a copa das arvores é tão fechada q apenas frestas de luz a atravessam, dando a impressão q a noite já chegou. É um local com uma beleza peculiar q lembra vagamente a floresta do filme “Bruxa de Blair”. O solo é escorregadio e em alguns trechos guarda registros de quem já passou por lá. Em seguida, um longo trecho cercado de bambus tornar-se novamente forrado de densa Mata Atlântica. E com muitos troncos no chão, q são nosso único obstáculo (sacal!) a desviar em toda descida. Destaque aqui p/ o q julguei ser sujeirinha de jaguatirica, bem no meio da trilha!
Chegando num riachinho, uma breve pausa pra encher os cantis e molhar a goela seca. A pernada prossegue agora íngreme por trilha de terra preta – pisoteada por cavalos – durante quase meia hora em meio à mata. Mas qdo o chão começa a ficar cada vez mais úmido é sinal q estamos próximos do segundo e ultimo rio, q atravessamos saltando de pedra em pedra. Após um breve reflorestamento de pinus, ao chegar numa cerca (q delimita uma igreja messiânica) é sinal q estamos já nos limites da cidade. Agora basta acompanhar a cerca p/ esquerda q logo dá numa estrada de terra. Fim de trilha as 15:30 e a 1400m.
SUBIDA E PERNOITE NO CHAPEU DO BISPO
Descendo a tal rua de terra alcançamos o final de outra rua, a Rua Taurus, onde esta a entrada da igreja anteriormente mencionada. Tomamos essa rua p/ esquerda durante um bom tempo, sem muito movimento, ate interceptar a Avenida das Montanhas, uma íngreme estrada poeirenta de terra. Ao invés de seguir p/ direita, sentido o visível pórtico (q nos levaria ao centro) tomamos a esquerda, piramba acima, ate o seu final. Monte Verde é uma estância badalada por casais apaixonados, de características européias q lembram uma Campos do Jordão inclusive no preço. No entanto não é pro seu farofado centro q nos dirigimos e sim pro alto da serra. Novamente.
As pernas a esta altura estão bambas, mas mesmo assim prosseguimos decididamente sentido sudoeste, com a crista acenando-nos bem adiante. Pior q a piramba era perceber q não passávamos despercebidos p/ playboyzada q lá circulava, seja de carro ou a pé. Sem contar com carona, nos resignamos a apenas continuar nossa pernada em árduo aclive, mesmo devagar-quase-parando. O Sergio, lá atrás, devia lamentar ter nos acompanhando, mas resistiu bravamente ate o fim, mesmo parando constantemente na frente das trocentas pousadas do caminho, quiçá quase tentado a ficar numa delas.
As 16:40 chegamos no final da tal avenida, mais precisamente num estacionamento ao lado de uma caixa d´água, onde descansamos um pouco. As 17hrs retomamos o ataque final ao Chapéu do Bispo, cujo começo de trilha esta bem sinalizado, no próprio estacionamento. Embora a placa indicasse quase meia hora de pernada ate o dito cujo, não demoramos nem 20 minutos por trilha – levemente íngreme em meio à mata – ate encontrar umas boas clareiras gramadas um pouco antes da própria pedra em questão. Foi lá mesmo q jogamos as mochilas e montamos acampamento, pontualmente 17:20, com o sol se pondo e a temperatura caindo vertiginosamente.
Dito e feito. Foi só escurecer q um frio úmido danado tomou conta da crista de serra, umedecendo rapidamente os sobretetos das barracas. Preparamos uma suculenta janta q encheu devidamente o bucho, mas o q veio a calhar mesmo foi um “ótemo” choconhaque q o Ronald preparou pra esquentar os ânimos.
Conversamos ainda mais um pouco, mas o frio rigoroso e o cansaço acumulado fizeram com q nos recolhêssemos antes das 20hrs. Dormimos logo a seguir, sem esforço algum. A noite nos brindou com um céu coalhado de estrelas e uma quase meia-lua q iluminou espetacularmente o alto dos 1858m no qual nos encontrávamos…
ROLEZINHO COMPLETO PELA SERRA DO SELADO
O domingo acordei bem cedo, mas tava tão frio q não arredei pé de jeito nenhum do meu casulo particular. Só tomei iniciativa de sair dele as 7:30, apenas qdo ouvi sinal de vida dos demais, mas principalmente qdo o sol começou a estender seus acolhedores raios sobre as barracas. Tomamos café (racionando bem nossa água) e levantamos acampamento p/ tornar produtiva aquela manha de céu azul e sol a pino.
Escondemos as mochilas na mata rente a trilha e partimos, as 9hrs, pro ataque dos picos à nordeste daquela bela crista de serra. Em menos de 5min chegamos no Chapéu do Bispo (2000m de alt) e continuamos pela trilha, bem visível, larga e obvia, alternando subidas e descidas suaves pela crista, em meio a baixo arvoredo típico de campos de altitude.
As 9:15 chegamos no Platô (1900m), ampla superfície rochosa onde o horizonte se abre, possibilitando vislumbrar um marzão de nuvens cobrindo td o Vale do Paraíba, já do lado mineiro predominava um tempo totalmente claro e aberto.
Descemos suavemente o platô através das largas placas de rochas e aderências (sentido sudoeste) ate adentrar outra vez na mata (sinalizada pela placa “Pico do Selado”) e seguir pela trilha na crista da serra. Aqui o caminho já não é tão largo e bem batido qto o anterior, mas ainda assim é obvio. Assim, subindo e descendo suavemente pela mata, ladeando a crista por estreita trilha pela encosta na rocha exposta e finalmente subindo um ultimo trecho por lajes inclinadas, exatamente as 10hrs conquistamos o Pico do Selado (2083m), o extremo norte da bela crista q adorna o horizonte cidade e pto culminante da região.
Daqui se tem uma geral de Monte Verde, e se avistam o contraste entre os morros totalmente pelados e outros c/ verdejante mata preservada. Após um descanso, retornamos rapidamente ao local onde deixamos as mochilas, as 11:20. A esta altura a trilha obviamente já começava a ferver de turistas (entenda-se “pretensos trilheiros”) e era no mínimo pitoresco e divertido ver muita madame trilhando de salto alto e ainda reclamar das condições da picada!? Desfile de moda ecologicamente di-vi-no, aprovado pelo cabeleireiro!
Chegamos novamente na base da trilha, no estacionamento, por volta das 11:36. Pertinho dali está a placa indicando o acesso à Pedra Redonda e Partida (à esquerda), próximo de uma porteira e uma ampla clareira gramada, ideal pra um eventual pernoite. E assim tomamos a trilha q bordeja a pedra pela mata fechada p/ logo alcançarmos uma bifurcação , devidamente sinalizada: p/ direita, subindo, vai dar no alto da Pda Redonda, já seguindo direto p/ esquerda, vamos p/ Pda Partida.
Decidimos inicialmente tomar a direita, e dá-lhe ziguezague íngreme! O trecho é relativamente curto, mas foi suficiente p/ ensopar nossos corpos mochilados. O caminho é bem demarcado e largo, ancorado por madeira, onde as copas das árvores se entrelaçam tornando-o úmido e escorregadio. Assim, alcançamos o topo – por sinal, lotado de gente – da Pda Partida (1810m) ao meio dia. Pausa pra lanche e fotos, claro. A vista privilegiada do Vale do Paraíba – agora isento de nuvens – e da crista percorrida pela manhã compensou o esforço. Ficamos lá o suficiente p/ lanchar algo, não muito mais do q isso. Eu já tava quase surtando c/ a simples presença dessa playboyzada farofeira metida a “Niclevicks de final de semana”, por isso descemos imediatamente pro ultimo ataque do dia.
Chegamos na bifurcação das trilhas logo depois, e desta vez seguimos pela da esquerda, já bem mais estreita e vazia de gente. Claro q desta vez escondemos novamente as mochilas na mata p/ agilizar na subida. A trilha desce um tanto p/ depois subir c/ forte inclinação, sempre em mata fechada e fresca. Logo cada valeta vira um barranco, cada pedra, uma quase escalada. A presença de barro, terreno escorregadio, o trecho final repleto de bambuzinhos e outros obstáculos desanimam a maioria dos visitantes, tanto q nesta trilha vimos apenas 2 ou 3 casais. Antes do topo, porem, algumas saídas laterais nos levam a umas pedras planas c/ belos mirantes. E é num deles q eu e o Sergio estacionamos definitivamente p/ descansar (e quase cochilar) sob o sol do inicio tarde, enquanto Ronald vai ate o topo da Pedra Partida, de onde se tem uma panorâmica da região. Daqui pode-se ver perfeitamente as casas da Fazenda Sta Cruz, nosso próximo destino, quase 500m abaixo. São 13hrs e estamos a 1965m de altitude.
VOLTANDO PELA SANTA CRUZ
Voltamos satisfeitos pro estacionamento quase as 14hrs. Ajeitamos as mochilas e iniciamos o retorno de 13km pra São Francisco Xavier. Do estacionamento, basta seguir pela estrada q parte do fundo dele, após a clareira gramada e uma porteira (com uma placa “Fazenda Santa Cruz”). Não tem erro, é obvio demais! E dá-lhe descida ininterrupta em ziguezagues, e logo de cara passamos por um riachinho, onde abastecemos nosso suprimento de água, já q a crista da Serra do Selado não tem água alguma. O inicio da descida é aberto, tendo belas e largas vistas, mas logo depois a mata fechada toma conta e somos brindados com a mais pura e fresca sombra.
“Trilha Santa Cruz” é forma de expressão pq esta aqui é uma estrada erodida e coberta de mata rasteira, nos mesmos moldes da primeira metade da “Trilha do Jorge”. Muita mata densa e o som de água correndo é constante em todo percurso. Algumas arvores caídas quebram a monotonia da pernada e o silencio é quebrado pelo som de barulhentas maritacas.
Após passar por uma ponte num ruidoso riacho, o terreno se abre definitivamente e a mata dá lugar a belos descampados com araucárias, sinal q chegamos na Fazenda Sta Cruz, quase 15:15. Passamos por uma porteira ate encontrar uma estrada de terra. Aqui tomamos à esquerda e após breve subida inicial, a estrada passa a descer suavemente vale abaixo, beirando a encosta dos morros. Passamos por algumas casas ate q a estrada subitamente termina, daí basta continuar pela encosta através de uma trilha quase imperceptível, quase em desuso, tanto q por conta disso o mato cresceu consideravelmente, principalmente samambaias e voçorocas do irritante capim-gordura. Este trecho de mato alto é feito lentamente e c/ a devida cautela pq a umidade deixou a trilha lamacenta e escorregadia, fatores q se agravam qdo não se enxerga onde se pisa. Assim, saímos do mato ate alcançar outro final (ou inicio?) de outra estrada de terra, as 15:50, onde fazemos uma pausa pra descansar e lavar – numa bica disponível – o corpo impregnado daquele maldito capim-gordura.
Descemos pela estradinha e saímos por uma porteira (com placa “Proibida entrada – Sitio Ventos Uivantes”), daí é uma piramba morro abaixo q parece não ter fim, sempre descendo o vale pelas encostas do morro. E dá-lhe joelho! La embaixo, o ruidoso Córrego dos Martins é nosso companheiro o resto do dia. Lentamente perdendo altitude, passamos por casas e fazendas ate chegar numa estrada de terra principal, as 16:40. Agora basta tocar p/ esquerda ate São Francisco Xavier os quase 8km monótonos restantes.
Passamos por pousadas, fazendas e casas (do Vale das Flores), sempre ignorando as saídas laterais (uma delas levando a cachoeira Pedro Davi) este trecho de estrada é um tédio só, ainda mais qdo se perde a carona do caminhão de leite, q geralmente passa as 15hsr, e qdo veículos nada populares passam jogando poeira propositalmente em vc. Paciência. Logo, o cansaço faz com q nossas mochilas pesem o dobro e cada passo parece minar nossas ultimas reservas energéticas. Mesmo assim, continuamos firmes e fortes, o Sergio ate conseguiu companhia, um local q não desgrudou dele tentando vender-lhe um terreno. Sai, carrapato!
Chegamos em São Francisco Xavier assim q escureceu, pontualmente as 17:45, cansados e exaustos. Comemoramos c/ cerveja e petiscos o sucesso da empreitada na mesma padoca de inicio, e voltamos p/ sampa totalmente quebrados, onde chegamos por volta das 21:00 da noite. Cansados sim, porem com a prazerosa e sempre agradável sensação de dever cumprido. Enfim, fica a dica desta opção aventura-perrengue pra quem tiver ou quiser curtir um final de semana c/ bom tempo pelas montanhas q dividem a pacata São Francisco Xavier e a chiquerrima Monte Verde. Próxima de centros urbanos e pra atletas de final de semana, este circuitão é desafio com sabor de conquista mais q merecido.
Texto de Jorge Soto com fotos de
Ronald Colombini
http://www.brasilvertical.com.br/antigo/l_trek.html
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