Ciri – Graciosa: A Serra Fina paranaense

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“Fazia tempo que aqueles belos exemplares de bromélias não deviam sentir o cheiro de gente. Cansado, c/ o corpo moído, lacerado e ofegante em meio àquela exuberante selva, galgar a ultima piramba ate o alto da Serra da Graciosa era apenas mais um obstáculo a ser vencido. O som de veículos aumenta conforme nossa aproximação e nos dá algum alento a apressar o passo, q castiga o chão úmido, repleto de folhas e lama. Logo ressurgiríamos na civilização marcada pelo asfalto, mas os momentos e impressões dos três últimos dias percorridos sob condições adversas naquele trecho intocado da Serra do Mar paranaense, representado por um labirinto de rios furiosos e arvores gigantescas, ainda permaneciam vivos demais pra adotar qq postura conformista.“


Que o Pico Paraná é o pto culminante da região sul é fato. Contudo, uma montanha próxima, o Ciririca, é assumidamente o seu “K2” e sua conquista já é epopéia digna de nota. Imagine então uma travessia q inclua essa montanha imponente da Serra do Ibitiraquire, rasgue a estreita crista de serra rumo ao pouco visado Agudo de Cotia, no extremo sul do Conjunto Ibiteruçu, e rasgue selva tropical exuberante, rios encachoeirados e fundos cânios em direção à centenária Estrada da Graciosa, localizada na serra homônima?&nbsp, Pois essa travessia existe e atende pelo nome de Ciri-Graciosa! Pouco divulgada pelo alto nível de dificuldade e pelos obstáculos consideráveis no caminho, esta pernada é conhecida apenas pela elite montanhista do sul. Técnica acima de td, trilha mesmo só tem no 1º dia, do total de 23 kms percorridos em árduos 3 dias. Dali em diante é puro farejo e bom senso de direção, vara-mato e desescalaminhada. Uma travessia q é uma viagem no tempo pela verdejante Mata Atlântica, num local afastado de qq via de transporte e q rasga as entranhas intocadas da Serra do Mar paranaense.
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Fazia anos q estava desejoso de percorrer a lendária Ciri-Graciosa, q tanto instigava minha imaginação&nbsp, pelos relatos medonhos q tivera acesso ou pelos comentários de colegas sulistas q nalguma ocasião percorreram suas nefastas veredas. Até q felizmente minhas preces foram atendidas, mas não sem mta encheção e insistência pra cima do meu amigo andarilho Julio Fiori, editor do site altamontanha. Adiada trocentas vezes em virtude do mau tempo, prometi a mim mesmo: ” Deste inverno ela não passa!”. Sendo assim, mesmo com previsão nebulosa acabei abraçando um Plano A q tornara-se B, e depois novamente transformara-se em A. Decidindo então o destino de feriado quase em cima da hora e c/ mtas desistências, eu e o Mamute saímos de sampa rasgando a madrugada banhada por um belo luar ate dar no Posto do Túlio, a 60km de Curitiba. Lá encontramos o Fiori e a Solange, sua esposa q veio deixá-lo a nossos cuidados, pra em seguida tomar rumo sentido Faz. do Bolinha, perto dali. Aquela manha de sábado estava envolta em brumas incertas, mas felizmente sem sinais de precipitação iminente, o q já tava de bom tamanho.
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NO ALTO DO CIRIRICA E AGUDO DE COTIA
Chegamos na Bolinha onde uma placa desperta minha atenção (“Veiculo R$5 – Pessoa R$2) por não estar lá a ultima vez q estivera ali. Apesar da taxa duvidosa, o resto continua o mesmo: o cheiro de roça, a bicharada andando aqui e ali, os casebres decrépitos, os carrapatos, etc. Bolinha foi uma cadelinha q outrora acompanhava montanhistas em troca de comida. Enfim, uma vez td arrumado, colocamos as cargueiras nos ombros, respiramos fundo e iniciamos nossa jornada rumo o desconhecido pontualmente as 7hrs, onde o gps do Mamute marca exatos 915m de altitude.

Apos subir sem pressa pelo campo, desviando das habituais “minas” do pasto representadas pelos dejetos de bovinos, mergulhamos na mata fechada, pra logo em seguida a vereda serpentear sinuosamente encosta acima. O sentido é obvio e a trilha atualmente se encontra bem batida e até relativamente larga, sinal q o Camapuã e o Tucum estão sendo bastante visitados. Saltamos por cima das pedras as águas cristalinas do Ribeirão Samambaia quase q 4 vezes consecutivas, adentramos aos poucos nos domínios do silencioso vale do rio homônimo, alternando suas encostas direita e esquerda, ora subindo suavemente, ora através de íngremes pirambas de chão lamacento e coberto de folhas. Independente da variação de declividade, o verde intenso e exuberante é onipresente, com destaque principal pra enormes arvores no caminho, q parecem guardar a trilha tal qual gigantes sentinelas da natureza. No trajeto, alguns bambuzais, mato tombado e gdes deslizamentos de terra são os primeiros obstáculos a contornar, sem maiores dificuldades.

As 8hrs o caminho arrefece e a picada aparenta nivelar na cota dos 1247m, justamente no entroncamento (agora sinalizado com uma placa) pro Tucum. Ignorando esta bifurcação adentramos num bambuzal, agora prestando atenção na presença de fitas vermelhas na vegetação, já q a partir daqui a vereda já não é tão larga e obvia como no começo. Ao som do canto metálico das arapongas, começa um sobe e desce pelo vale, bordejando encostas de mata e bambus ate desembocar no “Poço das Fadas”, as 8:30. Neste bucólico local, onde um simpático riozinho corre – em meio a pedras besuntadas de limo e musgo verde- formando poços e cachus, deixamos o corpo em pto morto afim p/ recuperar o fôlego e algumas energias.

Retomando a pernada por curta escalaminhada de pedras num riachinho, ganhamos novamente a encosta direita onde somos surpreendidos por uma revoada súbita de jacutingas e pela presença de galinhas-d´água em meio a mata. Já bem ensopados de suor, largamos um riachinho q vinhamos acompanhando a um tempo pra subir uma encosta íngreme de bambus. E tome piramba! O chão esta forrado de folhas secas e bem liso, razão pela qual esta subida se dá com auxilio dos próprios bambus, q servem como “cordas” providenciais. Mas logo vem outra piramba forte, desta vez de raízes e galhos, e a escalaminhada torna nosso avanço lento, mas pra q pressa? Só assim pra poder apreciar uma pequena lacraia se contorcendo indignada diante nossa presença no caminho.

Uma vez no alto dos 1254m deste morro, descemos pro outro lado no mesmo compasso e declividade anterior, agora nos segurando nas arvores e mato a disposição, sempre prestando atenção onde colocamos a mão e os pés. Chegamos então num trecho radical: a “Pedra da Corda”, onde a descida prossegue quase vertical por uma pedra auxiliada por, logicamente, uma corda. Aqui, as cargueiras atrapalham pra alcançar a corda e o jeito é ou descer sem elas ou descer de costas, virado pra pedra, de modo a ficar grudado o máximo possível à rocha pra depois descer pela corda. Entretanto, td este know-how não foi suficiente pra q o Mamute entalasse na pedra e eu quase despencasse em pêndulo pela corda. Resultado: ambos ganhamos nossos primeiros ralados e escoriações de trip.

Após este trecho adrenado, começa uma descida pela encosta em direção a um belo e bucólico vale, onde consigo acidentalmente espetar o dedo numa bromélia pro mesmo ficar doendo pelo resto do dia. Desembocamos então num emaranhado de gdes pedras, onde corre um gde rio q já vínhamos ouvido a um tempo. Este trecho é confuso, mas farejando bem a direção encontramos as benditas fitas ate dar na continuidade da picada, ainda costeando a serra pela direita e nos valendo das raízes da vegetação como escadas.

As 10:30 tropeçamos na “Cachu do Professor”, onde uma bela queda d´água despenca de um paredão vertical pra depois correr serra abaixo em meio as pedras, formando pequenos poços no caminho. Após beliscar alguma coisa, a pernada prossegue numa escalaminhada de raízes e galhos bem íngreme ate dar noutro cocoruto de serra, onde constatamos q a vegetação começa a mudar no tamanho e no formato, alem duma presença maior de pequenos caraguatás. Algumas frestas na mata indicam q um tímido sol já ameaça sair, contrariando as previsões pessimistas da meteorologia. Mas após curto sobe e desce desta pré-crista de serra, nos vemos na cota dos 1319m onde a vegetação torna-se predominantemente arbustiva&nbsp, e com algumas pequenas arvores ao redor. A partir daqui ora prosseguimos alternando crista ou caindo levemente pra encosta direita da mesma, sempre tendo audível o Rio do Meio, correndo ruidosamente no fundo vale a nossa direita.

Por volta do meio-dia e na altura dos 1323m, damos no local chamado como “Rio da Ultima Chance”, local q detém essa alcunha pq alem de ser o ultimo pto pra qq desistência é tb o local onde inicia a subida derradeira ao Ciririca. Daqui continuamos direto, sem descanso algum, pra logo emergir da mata e na seqüência percorrer lajes ou aderências rochosas pelo pasto com suave inclinação, galgando sucessivos cocorutos no aberto. Após a breve descida ao ultimo vale-selado do caminho, onde podemos conseguir nossa ultima água, a declividade aumenta consideravelmente e as lajes e aderências sucessivas (quase verticais) só são vencidas com árdua escalaminhada, nos agarrando firmemente não na rocha (escorregadia pela umidade) e sim na mata ao redor, principalmente espinhentas bromélias, tufos de capim e voçorocas de caratuvas! A cada avanço, uma parada pra retomar o fôlego e olhar por sobre o ombro o qto já foi percorrido. O visual q se abre é lindo demais apesar de parcialmente oculto por brumas baixas, e nos encantamos com a crista forrada de verde, em meio as montanhas esmeraldas salpicadas de ipês amarelos, represando nuvens alvas nos vales opostos! Do PP, Caratuva e Itapiroca, nem sinal.

A picada então arrefece em meio a vegetação arbustiva, pra dali ganhar os cocorutos sucessivos ate alto, enqto as nuvens se chocam na montanha ocultando o visual pra onde quer q se direcione o olhar. Sem pressa alguma, a trilha finalmente nivela num mar de caratuvas, sinal q já estamos no alto da montanha. São as 14:15 e já conseguimos visualizar os famosos “monólitos” do Ciririca, aos quais chegamos num piscar de olhos. O Fiori ate encontra um marco geodésico no caminho indicando exatos 1760m de altitude! Assim, dentro do cronograma pré-estipulado e donos absolutos do cume, nos presenteamos com um merecido descanso lagarteando aos pés da 2ª placa, com muita conversa fiada e um delicioso lanche. O tempo nublava cada vez mais e qdo o Julio nos perguntou se queríamos realmente prosseguir, eu e Mamute respondemos em uníssono: “Simmm!”

Uma hora depois retomamos nossa jornada rumo o Agudo de Cotia, a ultima montanha dessa crista, agora engolido por nuvens opacas e densas impedindo sua visualização, mas q se localiza no extremo sul do conjunto Ibiterucu, um pouco mais abaixo do Ciri. Pois bem, atrás da 2ª torre tem vestígios de um rastro q desce pela crista de pasto. Dali é só descer ladeira abaixo através da úmida e sombria face sul pela tal “trilha”, q nada mais é q uma vala tremendamente íngreme, escorregadia e coberta de mato, tornado a jornada bem mais áspera e o avanço, lento. Aqui td cuidado é pouco pq deve se descer afastando o mato de modo a enxergar onde se pisa, evitando buracos e grotas, alem de se apoiar firmemente nesse mesmo mato (caratuvas, principalmente) pra avançar nos trechos mais verticais em rocha, alguns auxiliados por seqüências de cordas! Fiori, bem mais ágil q a gente, desembesta na frente! Já eu e Mamute, mais ressabiados e cautelosos, marchamos em ritmo de lesma com preguiça.

Após perder altitude considerável, damos no meio de uma florestinha nebular sinistra ,onde acompanhamos um leito seco ate emergir novamente no capinzal no meio da cerracão. Mas logo uma chuva fina se acumula em nossos anorakes, onde a vegetação umedecida ao redor se encarrega por nos ensopar por inteiro! Não bastasse, um vento frio cunha uma danação q deixa nosso batendo o queixo de frio e q só não é maior por estarmos em movimento. Dessa forma, costurando campos e pequenos focos de mata permeados de bromélias gigantes, as 17hrs desembocamos ao pé do Agudos, onde uma bifurcação nos leva ou pro Agudo de Cotia (direita) ou Agudo do Lontra (esquerda). Tomando&nbsp, a primeira, não tarda a cruzar novo pastado e dar noutra bifurcação, onde o ramo da esquerda desce ate um pequeno riacho onde enchemos nossos cantis pra passar a noite.

Rumando agora pela trilha da direita em meio à denso e espesso nevoeiro, subimos suavemente uma colina ate dar em seu topo, as 17:30, onde somos recebidos por uma bem-vinda clareira q sugere ser aqui nosso pernoite. Dito e feito. Sob respingos de chuva nossas barracas são montadas no alto dos 1345m do Colina Verde, e imediatamente trocamos nossa indumentária encharcada por aconchegante roupa seca. Mas a esta altura o cansaço é gde q praticamente nem jantamos. Sem dormir a noite anterior e ainda tendo percorrendo 8km exaustivos, eu e Mamute imediatamente desfalecemos nos nossos sacos-de-dormir. Antes, porem, beliscamos uns sandubas alem de degustar uma porção da deliciosa feijuca q o Fiori preparou. A noite fora relativamente fria, com rajadas de vento estremecendo a armação da barraca vez ou outra. No entanto, alguns vislumbres do luar despejando sua luz na morraria e de algumas estrelas surgindo entre as frestas das nuvens acalentavam alguma esperança q no dia sgte as condições do tempo estivessem mais favoráveis pra continuidade da travessia.
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O FORQUILHA, A GARGANTA E A MÃE-CATIRA
Contrariando nossa previsão otimista, o alto da montanha amanheceu imerso em indesejáveis e densas brumas, alem de ventar bem frio. Mesmo assim, sem demora mastigamos uns sanduíches ao mesmo tempo q nossas mochilas engoliram nosso equipamento. Suplicio mesmo foi ter de trajar a roupa umedecida do dia anterior, principalmente as meias, blusas e botas. O som seco de uma trovoada apenas anuncia uma chuva fina iminente, q vem logo a seguir. Sem visibilidade alguma pra navegação, apenas azimutamos a bussola pra sudoeste e rumamos em direção ao desconhecido, com determinação!

Iniciamos a pernada as 8hrs, já com o rosto fustigado pelos frios respingos de chuva. Deixamos assim o alto do Colina Verde até ganhar os campos de sua suave encosta, perdendo altitude lentamente, ate adentrar nos matagais de arbustos carregados de umidade q fazem questão de nos ensopar de vez. Nestes, cuidado redobrado pra não pisar tanto em enormes formigueiros como em gretas traiçoeiras escondidas no chão, forrado de folhas e capim seco. Por sorte, após este trecho a chuva nos dá uma trégua, com algumas refregas de vento abrindo frestas no nevoeiro permitindo vislumbres dos contrafortes do Agudo de Cotia e do Tangará (a sudeste), como do enorme maciço (a sudoeste) formado pelo Cotoxós cujo pto culminante é o Arapongas, q por sua vez aponta pro céu tal qual uma torre de castelo. Mas o principal era visualizar no horizonte a Garganta em “V”, ou melhor, o selado formado pelo Tangará e Cotoxós! Era pra lá q devíamos ir, mas antes teríamos q chegar num fundo vale e dar no Rio Forquilha. Reza a lenda q aqui bussola não funciona devido a presença de alguns minérios na montanha. Se é verdade não sei, mas aqui certamente nossa cabeça não funciona bem, pois aquela velha pergunta q vira e mexe vem à tona nas trips novamente ecoa com força na minha mente: ” Q diabos to fazendo aqui?”

Mergulhamos na mata nebular ate dar no leito pedregoso de um rio seco, q descemos sem dificuldade, mas q logo dá lugar a um córrego em meio a pedras, poçinhos e pequenas cachus. O fundo do vale impressiona em tds os sentidos e tem um quê de místico: um belo curso d´água serpenteando pedras q ora brilhavam ou eram revestidas de um musgo verde-vivo, emoldurado por exuberante vegetação onde liquens verde-claro pendem de galhos dividindo espaço com bromélias em arvores de proporções descomunais!

Nem nos demos conta, mas já estávamos no Rio Forquilha, q continuamos igualmente descendo suavemente pelo seu leito pedregoso e visguento, ate q ele despenca abruptamente através de pedras colossais, corredeiras e cachoeiras maiores. Aqui me senti envergonhado a pto de desejar mijar sentado com a agilidade e desenvoltura q o Fiori tinha nas pedras. Parecia q o homi tinha ventosas no pé, pois saltitava pelas rochas tal qual um calango aquático (existe isso?), despreocupadamente. Eu e Mamute, sem dispor de tal dom, nos resignamos a avançar no nosso próprio ritmo, vagaroso, nos valendo não somente das pernas, mas de tds os apoios imagináveis q nos garantissem o mínimo de segurança diante daquelas pedras ardilosas e ensaboadas de limo! Pra complicar&nbsp, a chuva retornara, tornando nosso progresso mais lento ainda. Destaque pra uma enorme pedra no caminho q guarda semelhanças com um barco encalhado.

E dessa forma continuamos rio abaixo, alternando caminhada, trepa-pedra, escalaminhada e semi natação, já q a essa altura a preocupação de não molhar as botas tinha ido pro espaço! Compenetrados no caminho, um tempo depois nos demos conta q havíamos passado batido pelo pto em q devíamos deixar o rio (pra seguir em direção à Garganta), assinalado por uma marcação q o Fiori deixara noutra ocasião numa curva fechada do rio. Este momento de duvida foi a deixa pra um breve descanso sobre a laje úmida forrada de verde, 10:30, na cota dos 1030m. Na seqüência nos separamos em locais diferentes da margem esquerda do rio, à procura de alguma referencia da continuidade da pernada, mas não tardou pro Fiori nos avisar com sonoro berro q a havia encontrado, um pouco mais abaixo. Agora nossa missão era alcançar a Garganta, o selado entre o Tangará e Cotoxós, q eventualmente surgia nas frestas opacas do espesso nevoeiro.

Continua…

Jorge Soto
http://www.brasilvertical.com.br/antigo/l_trek.html
Fotos: Jorge Soto e Carlos Filho
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Sobre o autor

Jorge Soto é mochileiro, trilheiro e montanhista desde 1993. Natural de Santiago, Chile, reside atualmente em São Paulo. Designer e ilustrador por profissão, ele adora trilhar por lugares inusitados bem próximos da urbe e disponibilizar as informações á comunidade outdoor.

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