Com apenas 4 anos de idade, menina torna-se a pessoa mais jovem a chegar na Base do Everest

0

A pequena Zara, nascida na Malásia, se tornou a pessoa mais jovem do mundo a chegar ao Acampamento Base do Everest. Com apenas 4 anos de idade ela fez todo o percurso de trekking acompanhada pelo seu pai David Šifra e seu irmão mais velho, que está com sete anos.

O próprio pai da criança fez o controle da saturação de oxigênio no sangue para toda a família durante o trekking. Segundo ele “Não houve problemas durante a trilha; a aclimatação foi acima da média. A pequena Zara, graças ao seu excelente estado físico, até ultrapassou, com algumas exceções, centenas de outros trekkers”, afirmou ao site Metro.

Antes de Zara chegar a base do Everest, o título de pessoa mais jovem a chegar até lá pertencia a Prisha Lokesh Nikajoo, que esteve no acampamento em 2023 quando tinha apenas cinco anos.

Apesar do pai garantir que Zara foi muito bem no trekking, a União Internacional das Associações de Alpinismo não recomendam esse tipo de aventura para crianças.  Em um relatório escrito pela comissão médica a UIAA cita diversos riscos que as crianças correm ao permanecerem em altitudes elevadas por mais de um dia. Elas podem sofrer com problemas de saúde que vão desde otites e outras doenças que afetam ouvido, nariz e garganta até o Mal de altitude, edema pulmonar relacionado à altitude, edema cerebral e mal de altitude infantil subaguda (SIMS). De acordo com eles, quanto mais jovem a criança for, mais suscetível ficará a problemas causados pela altitude.

O documento ainda ressalta que nem sempre as crianças conseguem expressar e comunicar os sintomas que estão sentindo, o que dificulta o tratamento. E deixa dois questionamentos a serem feitos por quem levará uma criança para altitude: “ 1. Será que a criança realmente irá gostar de ir? 2. A viagem é mais para acariciar o ego dos pais ou preencher as necessidades da criança?”, pontua o relatório.

Compartilhar

Sobre o autor

Maruza Silvério é jornalista formada na PUCPR de Curitiba. Apaixonada pela natureza, principalmente pela fauna e pelas montanhas. Montanhista e escaladora desde 2013, fez do morro do Anhangava seu principal local de constantes treinos e contato intenso com a natureza. Acumula experiências como o curso básico de escalada e curso de auto resgate e técnicas verticais, além de estar em constante aperfeiçoamento. Gosta principalmente de escaladas tradicionais e grandes paredes. Mantém o montanhismo e a escalada como processo terapêutico para a vida e sonha em continuar escalando pelo Brasil e mundo a fora até ficar velhinha.

Deixe seu comentário