A trilha era, para nossa surpresa, bem aberta. Bastante erodida de início, lembrando muito a trilha da Pedra Furada de Itatiaia e em alguns momentos até mesmo a avenida do Pico da Bandeira no Caparaó. O calor começou a pegar logo depois, e o suor pingava. O calor começava a aumentar e a luz solar aquecendo o solo fazia com que as gotículas de água da serração evaporassem diante de nossos olhos, deixando o solo com um clima de filme de mortos vivos de Romero!
Em pouco tempo chegamos a uma bifurcação e um provável chiqueiro, onde passa um córrego que mais se limita a um filete de água certamente imprópria pro consumo. Pegamos a trilha da esquerda. Subimos facilmente evoluindo o caminho sem qualquer problema.
Depois de algum tempo saimos da floresta chegando a crista de todo o maciço florestado da Serra Negra, agora com vegetação mais rasteira e pouquíssimas árvores. Ali estávamos de frente para uma formação rochosa que, vista de baixo, parecia um falso cume da Serra Negra e, até então, acreditávamos ser o que os locais chamavam de Pedra Preta, estávamos enganados.
Procurando um caminho, saímos da trilha a direita em linha reta para a face rochosa. Não encontramos uma trilha visível e resolvemos escalar a rocha. Já na entrada dela era um crux, que o Pedro disse ser um quinto grau. Nos alertou que era bem exposto mas mesmo assim peitamos a convidativa parede. Pedro subiu fácil e em seguida foi o Dom, e depois fui eu em terceiro lugar, demorei um pouco até encontrar uma pisada mais confiante pra poder me virar (normal pra alguém como eu que não pratica escalada em rocha), mas assim que encontrei foi fácil, achei uma pegada de mão cheia e ali foi o que me faltava pra subir. Enquanto o Dom subia o agora fácil terceiro grau praticamente só em aderência, eu recolhia os bastões do Tácio e Paulinha, que viriam em seguida. Deixei ali mesmo (acabei dando trabalho pro Tácio hehehe) e segui pra cima apressado querendo ver o visual.
Três ou quatro minutos depois Tácio e Paulinha nos encontraram no topo desta formação e juntos caminhamos um pouco no topo, onde por sinal há alguns pontos perfeitos para barraca, pelo menos três, fizemos fotos e em seguida começamos a descer seguindo para o Serra Negra, já bem perto!