O Estádio de Atletismo de Armênia transformou-se no epicentro da escalada continental neste fim de semana. A IFSC Pan American Cup 2025 entregou, logo em seus primeiros dias, quebras de recordes e duelos de altíssimo nível, confirmando a evolução técnica do esporte nas Américas.
O Cenário Geral: A Batalha das Potências
As disputas de Velocidade (Speed), que abriram o evento, reafirmaram uma divisão clara de forças no continente: a precisão técnica dos equatorianos no masculino e a explosão física das norte-americanas no feminino.
Masculino:
No masculino, Adrien Levesque do Canadá, conquistou o primeiro lugar, e foi seguido pelos estadunidenses Taede Mai e Lucas Vales em segundo e terceiro lugar respectivamente. O equatoriano Carlos Granja que foi campeão em 2024 e grande destaque nessa competição ficou em quarto lugar.
Feminino
Entre as mulheres, a estadunidense Micaela Patajo levou o ouro, seguida pela atleta canadense Elise Villeneuve e fechando o pódio Claire Pee também dos Estados Unidos.
Boulder: O Retorno da Rainha
Nas qualificatórias de Boulder, o grande nome internacional foi a norte-americana Natalia Grossman. Retornando às competições continentais, ela dominou a rodada feminina, flasheando todos os problemas e avançando em primeiro lugar para as semifinais, elevando o sarrafo da competição.
A Situação do Brasil: Recorde Histórico e Vagas Garantidas
Para a delegação brasileira, o evento na Colômbia já está marcado na história, independentemente do resultado final das medalhas. O fim de semana trouxe a quebra de uma barreira psicológica e técnica que o país perseguia há anos.
O Clube dos 5 Segundos

Pedro Egg, foto Rosita Belinky Abescalada
O grande destaque da delegação foi a performance na parede de velocidade. Pela primeira vez em uma competição oficial, um atleta brasileiro registrou um tempo abaixo de 6 segundos. Feito realizado por Pedro Egg.
O feito, alcançado durante a fase classificatória, coloca o Brasil em um novo patamar de competitividade. Até então, o recorde nacional girava na casa dos 6.20s. Romper a barreira dos 6s (entrando nos “5 altos”) era o passo necessário para brigar de igual para igual nas oitavas de final contra as potências mundiais. Apesar da eliminação posterior no mata-mata diante da elite equatoriana, o tempo registrado é um divisor de águas para a modalidade no país.
Boulder: O Trio Avança
Após a adrenalina da velocidade, o foco voltou-se para a técnica e força do Boulder. O Brasil mostrou consistência e garantiu presença massiva nas semifinais masculinas que ocorrem nesta terça-feira:
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Rodrigo Hanada: Fez uma qualificatória sólida, lendo bem os betas complexos e garantindo sua vaga.
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André Macedo: Impôs sua força física característica, superando os blocos de inclinação negativa.
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Felipe Ho: O experiente atleta completou o trio de classificados, usando sua bagagem internacional para resolver os problemas dentro do tempo.
No feminino, a disputa segue aberta, com as brasileiras buscando espaço nas finais contra a favorita Natalia Grossman.
O Que Vem Por Aí
A competição entra agora em sua fase decisiva.
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Hoje (Segunda): Semifinais e Finais de Boulder Feminino.
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Amanhã (Terça): Semifinais e Finais de Boulder Masculino, onde Hanada, Macedo e Ho brigarão por medalhas.















