Segundo ele, o governo federal resolveu aderir ao pedido dos prefeitos e moradores das cidades incluídas no projeto, que eram contra a proposta feita pelo ICMBio (Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade), ligado ao Ministério do Meio Ambiente. “Não haverá no governo Lula nenhuma iniciativa na direção de construir um parque, feito de cima para baixo, causando insegurança social” (leia: Prefeitos paulistas pedem paralisação do ParNa Altos da Mantiqueira).
Polêmica
As prefeituras envolvidas na área do Parque eram contra o projeto. A alegação era que o parque iria causar desemprego rural e esta população iria migrar para as cidades, causando grandes problemas sociais.
Os técnicas do ICMbio, por outro lado, dizem que no levantamento realizado através de Sistema de Informação Geográfica, apenas 7% da área do parque abrangeria áreas com algum uso do solo. Destes, a maioria é de silvicultura de Eucalipto, que gera poucos empregos.
Outro tema polêmico eram as desapropriações. O ICMbio promete desapropriar as terras com valor de mercado, mas os proprietários não acreditam, já que na região há parques muito antigos que até hoje não resolveram seus problemas fundiários, vide o Parque Nacional de Itatiaia, o primeiro do país.
A paralisação do ParNa deixa claro a ineficiência de como o Ministério do Meio Ambiente propõe e executa a criação de suas Unidades de Conservação e a prioridade que o governo dá ao meio ambiente.
No Brasil, a maioria dos parques existem somente no papel, pois foram criados sem investimentos devidos, sem desapropriar terras, sem melhorias de infra-estrutura, sem concursos para ter mão de obra para proteger, fiscalizar e permitir uma visitação turística.
Este caso do ParNa Altos da Mantiqueira evidencia a falência deste sistema de criação de parques de papel e da irresponsabilidade sócio ambiental dos Políticos, além é claro que deixa claro que sem destinação de verbas devidas, o meio ambiente é uma das últimas prioridades dos governos.
Fonte: Jornal de Cruzeiro