O diretor geral da Polícia de Mendoza, na Argentina, Roberto Munives, foi demitido de seu cargo após ser acusado de burlar as regras contra o Covid 19 para escalar o Aconcágua. Ele e sua companheira Mónica Delsouc, estão envolvidos no escândalo do “Passe VIP”e são acusados de tráfico de influência para entrar no Parque Provincial mesmo sem cumprir os requisitos exigidos por lei.
“Dados os acontecimentos ocorridos, em relação às ações realizadas pelo Diretor Geral de Polícia na subida ao Monte Aconcágua, e para que uma investigação seja realizada com total transparência, hoje solicitei sua renúncia a Roberto Munives”, escreveu Raúl Levrino, representante do Ministério da Segurança ontem, 25/01. No entanto, na manhã de hoje um decreto do governo rescindiu a nomeação de Munives.
De acordo com investigações feitas pelo jornal local El Sol, a parceira de Munives, Mônica, não tem nenhuma vacina anticovid. Atualmente, para entrar no parque é necessário estar com o calendário de vacinas completo. Além disso, a última dose deve ter sido feita a pelo menos 21 dias antes da entrada.
Apesar de Munives ter tomado todas as vacinas, ele realizou o pedido de autorização para que sua parceira entrasse no parque com documentos falsos de vacina. Assim, o ex-chefe da Polícia poderá responder por falsidade ideológica. Munives terá também de enfrentar um processo criminal, além do inquérito administrativo instaurado pela Inspecção-Geral de Segurança.
Além disso, Mônica utilizou o helicóptero pago pela Secretaria de Meio Ambiente para descer da montanha pois apresentava sintomas de bronquite e febre. Todavia no Aconcágua, os escaladores são obrigados a contratar seguro resgate para poder entrar no Parque Provincial. Esse seguro é responsável por cobrir os gastos com descidas por motivos médicos. Agora o serviço que saiu em nome da Direção de Recursos Naturais e teve um custo aproximado de mil dólares mais impostos também será investigado, relatou o El Sol.