Após a recente morte da brasileira Juliana Marins, o Monte Rinjani, na Indonésia, voltou a ser destaque nos noticiários internacionais com dois novos acidentes envolvendo turistas estrangeiros. Os casos levantam novas dúvidas sobre o comprometimento das autoridades locais em melhorar a segurança na montanha.
O primeiro incidente ocorreu em 16/07, com o suíço Benedikt Emmenegger, de 45 anos, que caiu enquanto tentava acessar o Lago Segara Anak. Ele havia iniciado a trilha no dia 15, acompanhado por quatro pessoas, entre elas sua filha, mais um carregador e um guia local. Segundo o diretor de preparação da agência nacional de busca e salvamento Basarnas, Noer Isrodin Muchlisin, Emmenegger escorregou e sofreu fraturas nas pernas e lesões faciais. Ele recebeu os primeiros socorros ainda na montanha e foi evacuado de helicóptero no mesmo dia.
No dia seguinte, 17/07, por volta das 14h (horário local), a montanhista holandesa Sarah Tamar van Hulten sofreu uma queda em uma crista próxima ao Lago Segara Anak, a cerca de 1 km do cume. Ela teve um ferimento no pescoço.
O chefe da Agência de Busca e Resgate de Mataram, Muhamad Hariyadi, informou que uma equipe foi mobilizada imediatamente e um helicóptero foi acionado da ilha vizinha de Bali às 15h45 para auxiliar na operação.
“Estamos fazendo o possível para evacuar a vítima com segurança e manteremos o público informado sobre o andamento da operação”, declarou Hariyadi em comunicado.
Reações e medidas
Diante da repercussão dos casos, as autoridades indonésias anunciaram novas medidas de segurança no Monte Rinjani. Entre elas estão: a obrigatoriedade de guias certificados; o estabelecimento de critérios mínimos para visitantes que desejam subir a montanha; e a demarcação de áreas de risco ao longo das trilhas.
O Monte Rinjani, com 3.726 metros de altitude, é o segundo ponto mais alto da Indonésia e um destino popular entre turistas estrangeiros. A recente sequência de acidentes reacendeu o debate sobre a segurança nas montanhas do Sudeste Asiático, especialmente em destinos muito visitados, mas com pouca estrutura de resgate e prevenção.



















1 comentário
Guias despreparados, coordenação precária das excursões e controle precário (ou ausente) no acesso à montanha.
Aí fica mesmo difícil não acontecer tantos acidentes.