Drone transporta suprimentos e resíduos no Everest

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A empresa chinesa de tecnologia DJI concluiu os primeiros testes para transportar equipamentos, suprimentos e resíduos entre os acampamentos do Everest utilizando drones. O modelo de aeronave utilizado nas entregas é um DJI FlyCart 30, que possui capacidade de carga de 15 kg e consegue voar até mesmo em grandes altitudes e condições extremas. Esse pode ser um novo marco para a logística de escalada da maior montanha do mundo.

Drone sobrevoando a Cascata do Khumbu com os três cilíndros pendurados em um cabo.

Os testes foram realizados em abril, nos quais foram transportados três cilindros de oxigênio do Acampamento Base até o Acampamento 1. De lá, o equipamento retornou trazendo 15 kg de lixo para o local de partida. O dispositivo levou cerca de 17 minutos para chegar ao destino e enfrentou ventos superiores a 50 km/h e temperaturas abaixo de 0°C. Um montanhista leva horas para realizar o mesmo percurso.

Antes de sobrevoar a montanha, a empresa realizou testes de resistência ao vento, capacidade de pairar sem carga e com peso, e também a resistência às baixas temperaturas. O objetivo é realizar o transporte de equipamentos de forma mais segura, sem que os Sherpas precisem se arriscar pela cascata de gelo do Khumbu.

O equipamento poderá transformar a logística de escalada do EverestDe acordo com a empresa desenvolvedora dos drones, o equipamento irá contribuir para tornar a escalada do Everest mais sustentável, ao passo que ajudará a retirar os resíduos e a diminuir o trânsito em algumas regiões sensíveis.

“A capacidade de transportar com segurança equipamentos, suprimentos e resíduos por drone tem o potencial de revolucionar a logística de montanhismo no Everest, facilitar os esforços de coleta de lixo e aumentar a segurança de todos os envolvidos”, disse Christina Zhang, uma das diretoras da empresa.

A DJI é especializada em desenvolver drones para a agricultura.

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Sobre o autor

Maruza Silvério é jornalista formada na PUCPR de Curitiba. Apaixonada pela natureza, principalmente pela fauna e pelas montanhas. Montanhista e escaladora desde 2013, fez do morro do Anhangava seu principal local de constantes treinos e contato intenso com a natureza. Acumula experiências como o curso básico de escalada e curso de auto resgate e técnicas verticais, além de estar em constante aperfeiçoamento. Gosta principalmente de escaladas tradicionais e grandes paredes. Mantém o montanhismo e a escalada como processo terapêutico para a vida e sonha em continuar escalando pelo Brasil e mundo a fora até ficar velhinha.

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