A região de entorno da Gruta da Lapinha, em Lagoa Santa – MG, possui centenas de vias de escalada que se tornaram uma sensação durante a década de 1990, o que impulsionou o desenvolvimento da escalada esportiva no Estado de Minas Gerais.
A facilidade de acesso, a característica das formações rochosas da área e a existência de muitas vias de escalada em várias níveis de dificuldade, transformaram a Lapinha em um dos melhores e mais populares locais de escalada no Brasil, até que em 2002, devido a combinação entre um uso desordenado do local e uma má interpretação da presença dos escaladores na área por parte dos órgãos ambientais competentes, o local foi fechado para a escalada.
Este documentário faz um resgate da história da escalada na Lapinha, e conta na voz de todos os envolvidos os motivos da proibição, trazendo uma contribuição para o entendimento dos dois lados envolvidos, o dos escaladores e também do Instituto Estadual Florestal (IEF), que hoje administra as Unidades de Conservação de Minas Gerais.
O filme é imparcial e provoca o espectador a refletir sobre suas ações e também sobre as ações das entidades que administram os parques brasileiros, fazendo um apelo não somente à história da escalada, mas também à própria história ambiental do Brasil.
O filme mostra mais do que ações, aponta principalmente as idéias (muitas vezes conflitivas) sobre a percepção dos espaços naturais por parte de quem administra, contempla e também interage com eles.
Tipo de produção: Documentário
Direção: Aulus Assunção Baia e Walfried Weissmann
Produção: Aulus Assunção Baia
Duração: 52 minutos