O Encontro tem como objetivo divulgar a escalada na região, principalmente no Complexo do Itabira. O evento é um resgate histórico para a região que foi o berço da escalada no Espírito Santo.
Na programação do evento está previsto um jantar de confraternização, no dia 13, com a participação dos escaladores Jean-Pierre von der Weid e Patrick White contando sobre a conquista de vias no Complexo do Itabira e a evolução da escalada.
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Um marco do início da escalada capixaba foi a conquista do Pico do Itabira (em Tupi Guarani, Pedra Empinada), em Cachoeiro de Itapemirim no ano de 1947, conseguida pela equipe do carioca Sílvio Mendes. Foram inúmeras tentativas e várias semanas até atingir o cume. A via Silvio Mendes com 550 metros foi considerada por muitos anos a mais difícil do Brasil. Daí em diante outras grandes rochas do estado viraram sonho de consumo da nata da escalada nacional. O apogeu destas grandes conquistas ocorreu nas décadas de 70 e 80.
Outras vias no Pico do Itabira e em montanhas que o circundam foram conquistadas, formando todas juntas o Complexo do Itabira, que é considerado o maior centro de escalada tradicional do estado. No Complexo do Itabira existem mais de 20 vias de escalada tradicional, que vão de 100 a 550 metros de extensão, com diferentes graus de dificuldade.
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A “escalada tradicional” é a modalidade que deu origem ao esporte de subir montanhas. Tem como objetivo chegar ao topo de montanhas por longas vias (rotas) de escalada, onde o esforço físico e mental é exigido para se passar horas, ou até dias, nos paredões com dificuldades variadas e diversos equipamentos de segurança. Mas para aqueles que se dedicam a essa atividade, o prazer de estar em lugares remotos, contemplar e interagir com a natureza superando os desafios individuais e humanos é compensador.
Jean-Pierre Von der Weid nasceu em 1948 no Rio de Janeiro. É físico, professor e pesquisador da PUC-RJ. Divide a maior parte do seu tempo entre suas aulas e pesquisas com fibra óptica e o alpinismo, esporte que pratica desde o início da adolescência. Em 1993 publicou o livro Terra das Andorinhas no qual revela sua forte relação com a natureza. Em 2006 publica o livro Horizontes Verticais, onde o autor narra relatos e reflexões sobre a montanha e a escalada.
Patrick White, o “Panela”, em 1958 conquistou o cume dos Três Pontões (Afonso Cláudio) e, em 1960, a via Chaminé Cachoeiro no Pico do Itabira (Cachoeiro de Itapemirim). A via Chaminé Cachoeiro foi tema do filme de mesmo nome em homenagem aos 50 anos de sua conquista.
Hoje, existe uma necessidade constante do aprimoramento técnico dos escaladores e, como em todo esporte, uma evolução só é possível através de muito treino. Em maio de 2010 o primeiro muro coletivo para a prática de escalada, construído por escaladores dentro das instalações da Destak Divisórias, um espaço de aproximadamente 50m², carinhosamente apelidado como Muro do Porko, foi totalmente reformulado. Isto só foi possível graças ao esforço conjunto dos associados da ACE, a Associação Capixaba de Escalada, que bancaram e implementaram o novo projeto.
O Muro do Porko é o principal local de encontro da comunidade escaladora durante a semana. Para comemorar o aniversário de um ano de sua reformulação, a ACE realizará no dia 21 de agosto o 1º Festival de Boulder do Astolfo (Astolfo é o nome do porquinho mascote do muro).
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O campeonato será no formato “festival” com 24 boulders (problemas) graduados de V0 a V10, que serão divididos em fácil, médio, difícil e hard. Os problemas ficarão a cargo do route-setter Naoki Arima, escalador há 16 anos e já atuou como route-setter de via e boulder em uma dúzia de campeonatos. Reside no Espírito Santo há 4 anos e neste tempo , além da ampla divulgação do potencial capixaba para a escalada, conquistou e equipou diversas vias nas rochas espírito santenses.
Boulder é uma modalidade de escalada onde a complexidade, dificuldade e consistência dos movimentos podem estar nos pequenos blocos de rocha, que na maioria não ultrapassam quatro metros de altura, e onde o escalador tem toda sua concentração e força voltada à dificuldade e resolução do problema, sem se preocupar com cordas e mosquetões, sentindo-se livre para a escalada pura, com apenas o uso de sapatilhas de escalada, magnésio e colchões para proteger a queda.
Mais informações:
GT Comunicação
Luana Rebouças
(27)8151-2768
http://www.ace-es.org.br
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