Ermanno Salvaterra, o Homem do Torre, falece em acidente nas Dolomitas

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O escalador Ermanno Salvaterra faleceu na última sexta-feira (18/08), após sofrer um acidente na rota Hartman-Krauss a oeste do Campanile Alto, montanha com 2.937 metros localizada nos Alpes Italianos. Ele caiu cerca de 20 metros de altura e bateu a cabeça após a rocha em que pisava se desprender da montanha.

Ermanno Salvaterra era bastante experiente na região dos Alpes Italianos.

O resgate chegou rápido através de um helicóptero, porém Salvaterra não resistiu e morreu no local. O escalador de 68 anos possuía grande experiência e ficou famoso na comunidade internacional por suas escaladas na Patagônia. Lá ele escalou por diversas vezes o Fitz Roy , Aguja Poincenot e Aguja Guillaumet, mas era um grande apaixonado pelo Cerro Torre, que lhe rendeu o apelido de o “Homem do Torre”.

De acordo com o próprio escalador, ele havia passado mais de 130 noites nessa montanha e a escalou por todas as suas faces, usando algumas rotas já existentes e outras inéditas. Ele também fez parte da primeira equipe a chegar em seu cume durante o inverno em uma expedição que durou 11 dias no ano de 1985.

Já nos Alpes Italianos, onde nasceu, Salvaterra realizou uma grande travessia ligando o Crozzon di Brenta, Cima Tosa, Campanile Basso, Brenta Alta e Campanile Alto em 1989. A travessia com 3.000 metros de subida em solo foi realizada em menos de 12 horas. Esta foi apenas uma das centenas de escaladas que ele realizou.

Além de escalador e guia de montanha, Salvaterra também foi esquiador, escritor e cineasta e chegou a ser premiado em importantes festivais.

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Sobre o autor

Maruza Silvério é jornalista formada na PUCPR de Curitiba. Apaixonada pela natureza, principalmente pela fauna e pelas montanhas. Montanhista e escaladora desde 2013, fez do morro do Anhangava seu principal local de constantes treinos e contato intenso com a natureza. Acumula experiências como o curso básico de escalada e curso de auto resgate e técnicas verticais, além de estar em constante aperfeiçoamento. Gosta principalmente de escaladas tradicionais e grandes paredes. Mantém o montanhismo e a escalada como processo terapêutico para a vida e sonha em continuar escalando pelo Brasil e mundo a fora até ficar velhinha.

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