Escaladores de 12 e 52 anos encadenam via de 9a (11c)

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Nos últimos dias duas cadenas na via Pure dreaming graduada em 9a francês, equivalente a 11C na graduação brasileira chamaram a atenção da comunidade de escalada. Isso porque um dos escaladores mais velhos e um dos mais novos foram os protagonistas dessa história, mostrando que ninguém é velho ou jovem demais para a escalada.

Andrea Chelleris encadenou o seu primeiro 9a (11c)

O escalador italiano Alfredo Webber de 52 anos encadenou ela primeiro. Na sequência foi a vez do escalador, Andrea Chelleris, de apenas 12 anos.

Pure Dreaming esta localizada em Arco e foi aberta pelo próprio Webber há quatro anos. Todavia ele ainda não havia conseguido escalar ela em livre. Adam Ondra foi o primeiro a encadená-la em 2018, seguido por outros escaladores e agora Webber e Chelleris.

O veterano conta que essa rota está em seus planos há mais de três anos. De acordo com ele foram mais de 400 tentativas até encadená-la. “”altos e baixos, dedos destruídos, tentativas desesperadas a 35 graus, no frio, na chuva, dias em que, logicamente, teria sido melhor ficar em casa “, contou Webber.

Alfredo Webber solando um 8C nesse ano

Nesse verão ele levou cerca de 40 tentativas para chegar ao topo. Todavia, antes de encadenar a via, ele também escalou em solo a Panem et Circenses 8C. Já o novato Chelleris, que também é atleta de esqui no inverno, precisou de cerca de 20 tentativas para chegar ao topo e registrar o seu primeiro 9a (11C).

Este é o segundo 9a (11c) de Webber, primeiro foi Thunder Ribes também em Arco quando ele tinha 48 anos de idade.

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Sobre o autor

Maruza Silvério é jornalista formada na PUCPR de Curitiba. Apaixonada pela natureza, principalmente pela fauna e pelas montanhas. Montanhista e escaladora desde 2013, fez do morro do Anhangava seu principal local de constantes treinos e contato intenso com a natureza. Acumula experiências como o curso básico de escalada e curso de auto resgate e técnicas verticais, além de estar em constante aperfeiçoamento. Gosta principalmente de escaladas tradicionais e grandes paredes. Mantém o montanhismo e a escalada como processo terapêutico para a vida e sonha em continuar escalando pelo Brasil e mundo a fora até ficar velhinha.

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