Escaladores planejam atingir o cume do Annapurna apesar do tempo instável

0

Os montanhistas que tentam escalar o Annapurna com seus 8091 metros de altitude ainda não tiveram sucesso nesta temporada. No entanto, estão longe de desistir. Mesmo com o clima ruim, a equipe da Imagine Nepal alcançou o Acampamento 2 e continua o trabalho de instalação de cordas fixas na rota em direção ao Acampamento 3.

O Annapurna é a décima montanha mais alta do mundo. Foto: Carsten Nebel / Wikimédia Commons.

Enquanto isso, outros escaladores aguardam ansiosamente a liberação da rota para iniciar a escalada. Porém, Mingma G alerta que as condições da montanha e do tempo continuam perigosas. “Sempre considerei esta montanha como a mais bela escalada entre os 8.000 metros e também a mais difícil. No entanto, o mau estado da rota este ano, com gelo puro e muitas fendas abertas do Acampamento 2 para cima, forçou nossa equipe a recuar duas vezes quando ficamos sem corda”, afirmou.

Diversas agências e seus clientes ainda mantêm a esperança de alcançar o cume neste final de semana. “Espero que nossa equipe e todos os escaladores no Annapurna tenham bom tempo no dia 5 de abril para chegar ao cume e retornar em segurança”, acrescentou Mingma.

Sem cumes, mas com um acidente

Um acidente foi registrado nesta temporada no Annapurna. O montanhista francês Vadim Druelle caiu cerca de 40 metros em uma greta de gelo e precisou ser resgatado. Eduard Kubatov, do Quirguistão, que estava com ele no dia anterior ao acidente, observou que a área era insegura, mas relatou que Druelle optou por permanecer.

Com a queda, Druelle sofreu ferimentos e congelamentos, sendo evacuado de helicóptero. Em 2024, ele tentava escalar o Annapurna sem o uso de oxigênio suplementar, mas enfrentou um edema que o manteve preso no acampamento base. Esta era sua segunda tentativa de conquistar a montanha.

Compartilhar

Sobre o autor

Maruza Silvério é jornalista formada na PUCPR de Curitiba. Apaixonada pela natureza, principalmente pela fauna e pelas montanhas. Montanhista e escaladora desde 2013, fez do morro do Anhangava seu principal local de constantes treinos e contato intenso com a natureza. Acumula experiências como o curso básico de escalada e curso de auto resgate e técnicas verticais, além de estar em constante aperfeiçoamento. Gosta principalmente de escaladas tradicionais e grandes paredes. Mantém o montanhismo e a escalada como processo terapêutico para a vida e sonha em continuar escalando pelo Brasil e mundo a fora até ficar velhinha.

Deixe seu comentário