Escaladores realizam decolagem de parapente desde o cume do Cerro Torre

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O emblemático Cerro Torre em El Chalten na Patagônia argentina desafia escaladores do mundo todo com suas paredes verticais de granito e seu clima sempre instável. Por conta de seu grau de dificuldade, essa é considerada uma das montanhas mais difíceis do mundo. No último 19/01, os escaladores suíços Roger Schäli, Mario Heller e o argentino Pablo Pontoriero não só escalaram essa montanha como também conseguiram decolar de parapente desde o seu cume.

Escalada do Cerro Torre.

Eles contaram com a ajuda de outra equipe formada por Agustín Mailing, Pedro Fina, Luciano Cortez, Sebastián Beltrame e Ramiro Greco na escalada. No entanto, a subida não foi fácil como contou Schäli que já havia chegado a esse cume duas vezes anteriormente. “Esta foi a terceira vez que subi o Cerro Torre, mas nunca estive tão tenso e nervoso para escalar. Eu tinha em mente que depois do cume, era hora de decolar de lá, o que exige 100% de concentração”.

Roger Schäli sobrevoando a região do Cerro Torre.

Eles bivacaram próximo ao cume no dia 18/01 e no dia seguinte decolaram com sucesso do Cerro Torre. De acordo com Pontoriero foram 25 minutos de voo para percorrer 12 km e descer 2.533 metros. Ele também agradeceu aos outros dois escaladores suíços. “Eternamente grato por ter compartilhado esta aventura com eles. Convidaram-me sem me conhecer, apenas por referências de pessoas que conhecíamos em comum. Com certeza estamos vivendo uma das experiências mais intensas de nossas vidas”, escreveu.

Os três escaladores fazem parte da segunda equipe a decolar do Cerro Torre na história. Eles seguiram os passos de Fabian Buhl que conseguiu essa façanha no ano passado.

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Sobre o autor

Maruza Silvério é jornalista formada na PUCPR de Curitiba. Apaixonada pela natureza, principalmente pela fauna e pelas montanhas. Montanhista e escaladora desde 2013, fez do morro do Anhangava seu principal local de constantes treinos e contato intenso com a natureza. Acumula experiências como o curso básico de escalada e curso de auto resgate e técnicas verticais, além de estar em constante aperfeiçoamento. Gosta principalmente de escaladas tradicionais e grandes paredes. Mantém o montanhismo e a escalada como processo terapêutico para a vida e sonha em continuar escalando pelo Brasil e mundo a fora até ficar velhinha.

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